
Exercícios aeróbico podem reduzir a glicemia,
por exemplo.
DICAS 54 REVISTA DA CAASP
Exercícios aeróbicos são aqueles em que
o aluno queima mais gordura, com o uso
de oxigênio para a geração de energia dos
músculos. Correr, por exemplo, pedalar,
nadar ou dançar.
Perla e Norival se sentiram muito mais
dispostos depois que passaram a ir à
academia de segunda a sexta-feira. Já
habituados a exigir sacrifício do corpo,
muitas vezes procuram caminhar ou correr
no sábado ou domingo. “Não é que a gente
goste, é que a gente se sente bem depois”,
afirma Perla.
Muitas academias são locais de
paquera, mas existem outros objetivos
ali além de procurar a oportunidade de
um relacionamento, seja duradouro ou
não. Perla e Norival encontraram amigos.
“Muitos amigos. É o pessoal com quem
a gente viaja às vezes, e também toma
cerveja na sexta-feira à noite”, diz Norival.
No ano passado, Norival e Perla
organizaram um grupo para participar do
Bravus Race. É uma prova de exercícios
radicais, como se estivesse na selva ou na
guerra.
O nome das provas já dá ideia do seu
grau de dificuldade, como Mad Monkey,
King Kong, Monte Bravus, Vietnã, Serra
Pelada, 1000 volts, Sibéria, Muro das
Lamentações, Treinamento Ninja, Meia
Tonelada e outros.
Nessas provas, o participante tem que
subir morros cheios de lama, se arrastar
sob cordas, atravessar pontes segurando
lanças como se fossem grades e por aí
vai. O participante sofre, mas gosta. E
não precisa ser atleta. Um ajuda o outro.
“É divertido e mostra a solidariedade do
grupo”, diz Perla.
Na atividade física, este é um valor que não
costuma ser mensurado: desenvolvem-se
vínculos a partir do reconhecimento de que
todos estão ali por motivos parecidos. Um
sabe do “sofrimento” do outro e trocam
incentivos.
Em um vídeo que já teve mais de 1,3
milhão de visualizações e quase 1.400
comentários, o médico Dráuzio Varella
disse algumas verdades que outros
imediatamente reconheceram. “Sabe por
que ninguém consegue praticar exercício
físico? É porque a atividade física, o
exercício, é contra a natureza humana”,
afirmou.
“Você vai ao zoológico e já viu uma
girafa correndo para perder a barriga? Ou
uma onça dando um pique?”, prosseguiu.
“Nenhum animal desperdiça energia. Os
animais gastam energia em três situações:
atrás de sexo, atrás de comida e para
fugir de predadores. Tendo essas três
necessidades satisfeitas, ele fica parado,
descansa. Porém, como comemos mais do
que precisamos, o resultado é a gordura.
Nosso cérebro foi moldado numa época
em que não havia comida, foi moldado
numa época de miséria. Nós tendemos a
comer o máximo que a gente pode, como
fazia os nossos ancestrais e depois ficar
parado, sem fazer exercício”.
Dráuzio é maratonista — participa
de provas de até 42 quilômetros. E faz
PxHere