colocar no custo o preço do Direito do Trabalho.
Tudo isso tem que ser discutido no Brasil. O que nós queremos? Queremos direitos e vamos
bancar os custos? Se eu tiver direitos, corro o risco de diminuir o meu volume de vendas no
mercado mundial, porque eu não consigo ser competitivo no mercado mundial, e ainda gero
desemprego – se eu quiser ter emprego, eu tenho de diminuir custos. Mas, eu vou diminuir
todos esses custos cortando direitos? Esta é uma discussão que envolve, ao meu ver, um
projeto de poder para o Brasil.
Na sua pergunta há um dado que nós estamos esquecendo: nós temos tido falta de tempo
para discutir esse projeto de poder em função da conjuntura política. Se nós olharmos
bem, desde 2010 nós estamos numa crise política. A Dilma não foi bem, no seu segundo
mandato veio o impeachment; o presidente Temer não é tão diferente do ponto de vista da
governabilidade em relação a presidente Dilma, basta ver as confusões que ele está fazendo.
Então, você tem uma coisa curiosa: dois mandatos de Fernando Henrique e dois mandatos
de Lula em que o país teve tempo para discutir algumas coisas, e conseguiu chegar a Grau de
Investimento. Não nos esqueçamos de que o Brasil chegou a Grau de Investimento em 2008,
quando o presidente da República era Lula (em seu segundo mandato), e para se chegar a
Grau de Investimento foram necessárias medidas que começaram com Fernando Henrique.
Não há como negar que esses dois presidentes fizeram governos positivos no geral, tanto
que ambos ainda são os mais importantes polos políticos nacionais.
Você tem razão. E houve uma clara continuidade da preocupação com padrões mínimos
de uma governabilidade nacional. Apesar de suas divergências partidárias, esses quatro
mandatos guardaram muitos vasos de comunicação. Lula teve muita sensatez ao manter
algumas coisas e ao mudar outras, e isso o tornou um dos mais importantes presidentes
do Brasil. Tanto que em 2008, quando o Brasil ganha o Grau de Investimento, esse fato
dá ao Lula a autoridade necessária para fazer a indicação de uma candidata que não tinha
nenhuma tradição de natureza política.
Agora, de 2010 para cá... a discussão que você levanta é importantíssima, mas nós não temos
tido tempo... eu tenho muito receito de que, dependendo de quem ganhar as eleições, nós
não tenhamos mais o tempo necessário de discutir um projeto de poder para o Brasil.|
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