“Mente quem diz não se enxergar dentro
da régua ideológica. Nós nunca vamos
carregar bandeirinhas do PT, do PSDB ou
do Psol, nada disso. Mas carregamos a
bandeira do trabalho digno, do respeito
ao meio ambiente, dos direitos humanos –
e isso é ideológico.” A argumentação é do
jornalista Leonardo Sakamoto, fundador
e diretor da ONG Repórter Brasil, nascida
para praticar exclusivamente jornalismo e
hoje dividida em várias frentes de ação no
campo dos direitos humanos, incluindo
produção de documentários e pesquisas.
Titular de um blog no UOL e professor
da Faculdade de Comunicação da PUC-SP,
Sakamoto foi condecorado em junho
último pelo Departamento de Estado
dos Estados Unidos por sua atuação no
combate ao trabalho escravo – o programa
“Escravo, nem pensar!” é um dos braços
da Repórter Brasil.
A homenagem dos americanos deveu-se
à participação da Repórter Brasil na
criação do Pacto Nacional pela Erradicação
do Trabalho Escravo, acordo que uniu 400
empresas comprometidas com o combate
aos serviços forçados. Sakamoto também
foi responsável pela elaboração da “Lista
Suja”, que nominou empregadores
flagrados como patrões de trabalhadores
em situação análoga à escravidão.
REVISTA DA CAASP 27
WEB
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exclusivas, como esta, em manchete no dia
de fechamento desta edição: Fraude no INSS:
Instituto deixou de arrecadar R$ 30 bilhões
em 2015 por sonegação ou inadimplência,
valor que representa um terço do déficit da
ESPECIAL
A BANDEIRA DOS
DIREITOS HUMANOS
Sakamoto: “Carregamos a bandeira do trabalho
digno e dos direitos humanos, e isso é ideologico”.