REVISTA DA CAASP 33
DO TRAUMA AO
PÂNICO: DOIS
MALES DA VIDA
MODERNA
Em 2001, o Institute of Medicine dos Estados Unidos trouxe no
título de seu relatório anual uma pergunta incomum para a
época: “Exploring the Biological Contribution to Human Health:
Does Sex Matter?” (“Explorando a contribuição biológica para
a saúde humana: o sexo importa?”, em tradução livre). Desde
então, os conceitos de “sexo” e “gênero” nas metodologias
de pesquisa científica têm sido cada vez mais levados em
conta para compreender como as constituições genéticas e
fisiológicas individuais, bem como a interação de um indivíduo
com fatores ambientais e experienciais, influenciam a saúde
e, claro, as desigualdades no acesso à assistência médica.
Foi assim que a ciência percebeu que as mulheres são muito
mais propensas a desenvolver problemas psicológicos como o
transtorno do pânico e o transtorno de estresse pós-traumático
(TEPT), na proporção de duas mulheres para cada homem no
caso do primeiro, e de duas para cada um no do segundo.
reportagem | KAROL PINHEIRO
SAÚDE