Previdência. Ou esta: Cadeia-presídio: na
delegacia de São Gabriel da Cachoeira (AM),
cidade com maior população indígena do
país, há celas para mulheres e adolescentes.
“É impossível tocar um veículo de
comunicação no longo prazo sem ter uma
linha editorial que marque sua presença
ideológica. Caso contrário, você estará
escrevendo para quem? Para o grosso da
sociedade? Isso não existe: você escreve
para grupos da sociedade”, discorre
Sakamoto. E prossegue: “Quando você não
deixa clara sua régua de interpretação do
mundo, você está impedindo que o leitor
tenha o gabarito da tua leitura. Eu acho
que o diferencial dos novos grupos de
mídia é não negar ao leitor a sua régua de
interpretação das coisas”.
Como organização sem fins lucrativos, a
Repórter Brasil capta recursos por doação
de outras ONGs e fundações - nacionais
e, principalmente, internacionais -, como
Centre for Research on Multinational
Corporation (Somo), Cooperativa Mista
de Produção, Danwatch, DGB, Finwatch,
Industrialização e Comercialização de
ESPECIAL 28 REVISTA DA CAASP Biocombustíveis do Brasil (Cooperbio),
Fundação Friedrich Ebert, Fundação
Heinrich Böll, Global Forest Watch,
Greenpeace, Institute for Human Rights
and Business e outras.
“O dinheiro grosso vem do exterior – 55%
dos nossos recursos. Alguma coisa vem de
assinaturas, mas é uma fonte pequena. Não
recebemos recursos dos Poderes Executivo
e Legislativo. Podemos eventualmente
receber alguma coisa do Ministério Público
do Trabalho, do Ministério Público Federal
ou de algum tribunal que deseje destinar
recurso de TAC (Termo de Ajustamento de
Conduta). Nunca recebemos um centavo
de publicidade estatal ou de governos”,
assegura Sakamoto.
Todas as prestações de contas da
instituição estão disponíveis no site. “Se o
jornalismo utiliza a estrutura do Terceiro
Setor, sem fins lucrativos, com o objetivo
de levar informação de qualidade para a
população, a primeira coisa que pela qual
deve primar é a transparência. O que leva
alguém a doar? É saber como o dinheiro
será investido”, pondera o jornalista.
NO JOGO
DAS HARD NEWS
O enquadramento na categoria
“independente” dos sites e agências
jornalísticas citadas acima decorre de
critérios fixados pela Revista da CAASP. Por
óbvio, alguma dose de subjetividade é
inevitável nessa seara. Tanto é que quase