jornalística para enganar o leitor. É possível
seduzir sem enganar. O sensacionalismo é
um jornalismo de enganação, porque usa
manchetes para entregar um conteúdo
que não diz nada”, explica Chaparro.
Reluzem na internet inúmeros sites
REVISTA DA CAASP 23
ESPECIAL
jornalísticos que se dizem independentes,
mas nem todos o são de fato. Nesta
reportagem, privilegiaremos aqueles cujas
pautas vão além do dia-a-dia de Brasília,
sem ignorá-lo, e do já insuportável embate
entre “coxinhas” e “mortadelas”.
WEB
FORA DO
FLA X FLU
Não por acaso, os veículos que
desenvolvem pautas exclusivas, densas,
relevantes em termos civilizatórios,
também se financiam de forma alternativa.
É o caso da Repórter Brasil, da Agência
Pública, do Nexo Jornal, do site Ponte,
especializado em temas de segurança
pública, e de vários outros portais ou
serviços jornalísticos diferenciados, como o
vigoroso The Intercept Brasil, filial brasileira
da revista digital dirigida pelo premiado
Glenn Greenwald, para quem o espião da
NSA (agência amereicana de informação)
Edward Snowden vazou dados secretos.
Todos os veículos citados acima, aos
quais se somam muitos outros, praticam
um jornalismo profissional, em essência
investigativo, apartidário e focado nos
direitos humanos.
No universo infinito da internet,
contudo, a qualidade não é a norma.
“Evidentemente, no meio dessa barafunda,
dessa confusão, dessa algaravia de vozes,
dessa cacofonia de versões diferenciadas,
existem tanto as pessoas sérias quando os
picaretas, tanto aqueles que são aferrados
aos fatos quanto os propagadores de
versões”, observa o jornalista Luiz Egypto,
Egypto: “No meio dessa barafunda existem os
sérios e os picaretas”.
WEB