A procuradora de Justiça Eloísa de
Sousa Arruda foi um quadro destacado no
governo passado de Geraldo Alckmin, tendo
permanecido por quatro anos à frente
da Secretaria Estadual de Justiça e Defesa
da Cidadania, período em que o Cratod
(Centro de Referência em Álcool, Tabaco e
Outras Drogas) atendeu a cerca de 10 mil
dependentes químicos. A questão das drogas
foi justamente o que a levou a assumir a
Secretaria Municipal de Direitos Humanos
e Cidadania de São Paulo: sua antecessora,
Patrícia Bezerra, deixou o cargo por
discordar da ação realizada na Cracolândia
pela Prefeitura e pelo Governo do Estado,
classificando-a como “desastrosa”.
A nova secretária pensa bem diferente:
“Aquela intervenção foi feita para prender
traficantes, até porque a atuação dos
traficantes estava inviabilizando que outras
medidas na área da saúde e na área da
assistência social se aproximassem. Os
traficantes não estavam deixando as
assistentes sociais fazerem a abordagem aos
dependentes químicos”.
Pelas considerações feitas por Eloísa
Arruda ao editor da Revista da CAASP,
Paulo Henrique Arantes, na entrevista a
seguir, o prefeito João Doria tem ao lado uma
fiel escudeira em sua gestão privatizadora:
“O que o prefeito João Doria está fazendo é
chamar as pessoas a participar da vida da
cidade. As doações de empresas acontecem
de uma forma muito intensa em outros países,
como os Estados Unidos. Muitas das ações
que acontecem em Nova York são frutos de
colaboração. O Central Park, por exemplo, é
integralmente gerido pela iniciativa privada.
Então, aqui, vamos chamar as empresas a
colaborar”.
A seguir, a entrevista.
REVISTA DA CAASP 7
A TAREFA
DE TIRAR
TRAFICANTES
DA
CRACOLÂNCIA
CONTINUA
ENTREVISTA | ELOÍSA ARRUDA