trabalho pela advocacia paulista, com
atuações marcantes nas Comissões de
Ação Social e da Mulher Advogada da OAB-SP,
além da CAASP, Maria Célia era viúva de
outro ícone da advocacia paulista: Sidney
Uliris Bortolato Alves, que presidiu a Caixa
de Assistência de 2007 a 2009 e faleceu em
2010, quando secretário-geral da OAB-SP.
O corpo de Maria Célia do Amaral Alves
foi sepultado no Cemitério do Morumbi,
com a presença de familiares, amigos e
lideranças da advocacia paulista.
O presidente da Secional, Marcos da
Costa, decretou luto oficial. Posteriormente,
ela foi homenageada na sessão do Conselho
Secional do dia 17 de julho, na presença de
seus filhos Maria Cláudia, Maria Carolina
e Luiz Otávio, além de outros familiares.
Diretores da Ordem e da Caixa foram ao
microfone para lembrar a colega e amiga.
“Saudade é um sentimento nobre,
e Maria Célia nos deixou muita saudade.
Ela conviveu conosco com um sorriso.
Era a ponte do conflito para a paz, para
a solução”, disse o presidente da CAASP,
Braz Martins Neto. “Maria Célia viveu a
assistência social dentro a fora da OAB,
sempre construindo pontes, jamais muros”,
destacou o diretor da Caixa de Assistência
Adib Kassouf Sad. “Ótima colega, e uma
diretora independente. Trabalhou muito
pelos colegas, principalmente para aqueles
que nada tinham”, salientou Célio Luiz
Bitencourt, também diretor da Caixa.
Também estavam presentes os
diretores da CAASP Arnor Gomes da Silva
Júnior (vice-presidente), Rodrigo Ferreira
de Souza de Figueiredo Lyra (secretário-geral),
Alexandre Ogusuku (secretário-geral
adjunto), Jorge Eluf Neto (tesoureiro) e Jairo
Haber.
“Agradeço ao criador por ter me
dado a oportunidade de conviver com
Maria Célia. É daquelas pessoas que ficam,
nunca passam. Permanece sua imagem de
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trabalho, de paz e de companheirismo”,
registrou o presidente da OAB-SP, Marcos
da Costa. “Pudemos constatar inúmeras
vezes sua dedicação à família, à advocacia
e suas causas, à CAASP e suas causas. Por
tudo isso ela era efetivamente amada por
todos nós”, assinalou o vice-presidente
da Secional, Fábio Romeu Canton Filho.
Emocionada, a secretária-geral adjunta da
Ordem, Gisele Fleury Charmillot Germano
de Lemos, disse que a amiga é exemplo
“de amor, de amizade e de elegância em
sua simplicidade, sempre trazendo uma
palavra positiva, nunca negativa”.
Sua filha Maria Cláudia falou em nome
dos familiares presentes. A mensagem
transmitida foi de força e fé: “Agradeço
a Deus por ter tido pais que fizeram a
diferença no mundo em que viveram.
Quando meu pai se foi, minha mãe disse
que a vida dele acabara, mas a nossa não.
Nós vamos continuar a olhar para frente”.
Em outro trecho de artigo da lavra de
Maria Célia do Amaral Alves, um pouco mais
dos princípios que nortearam seu trabalho
como quadro da Ordem e da Caixa de
Assistência e que dão sua dimensão como
ativista em prol da igualdade de gênero
entre a classe:
“Nós, da Caixa de Assistência dos
Advogados de São Paulo, ao passo que
promovemos ações que levam saúde e
bem-estar às advogadas que compõem os
quadros da Ordem, nos somamos ao coro
das instituições, entidades e movimentos
que exigem a rigorosa aplicação da Lei Maria
da Penha, de notável cunho humanista.
E, nesse sentido, cobramos a devida
estruturação dos juizados especializados
de atendimento às mulheres vítimas de
violência, para que decisões relativas à sua
proteção não demorem meses para ser
proferidas, como não é raro acontecer.”|