queremos dizer é o seguinte: “se você quiser, nós vamos te ajudar”. Num universo de 15 mil,
se estamos falando em 10 mil vagas, nós estamos num caminho bom.
Qual o peso da especulação imobiliária sobre o número de moradores de rua? Não se trata
de um fenômeno a ser combatido?
Esse é um problema de difícil solução, porque é um problema que passa por todos, desde
que a pessoa não tenha um imóvel próprio e dependa do aluguel. Isso atinge a classe média
de uma forma geral e os pobres de uma forma muito mais intensa.
No dia 19 de julho, talvez o mais frio do ano, a imprensa local noticiou que o serviço municipal
de limpeza pública acordou moradores de rua com jatos de água para que a lavagem diária
fosse realizada. Um pouco desumano, não?
O que houve foi que cobertores foram molhados involuntariamente durante limpeza diária
realizada por uma empresa terceirizada. No mesmo dia, a Prefeitura inaugurou dois PEIs
(Programas Emergenciais de Inverno) para acolhimento de moradores de rua, e foram
doadas centenas de cobertores.
O que a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos tem em mente com relação aos
imigrantes, e mesmo refugiados, que chegam a São Paulo?
Estamos criando parcerias com algumas entidades internacionais. Ontem mesmo nós
tivemos um curso de capacitação de agentes de saúde para identificar tráfico de pessoas e
REVISTA DA CAASP 15
ENTREVISTA | ELOÍSA ARRUDA