46 REVISTA DA CAASP
imagem, investir em produtos de qualidade,
investir em tecnologia. Tudo isso vai retornar
em produtividade e eficiência. Se tiver um
computador ruim, se tiver um equipamento
ruim, se tiver um Código defasado, se você
não investir em si próprio, se não investir na
sua carreira, você não decola”, conta, com
base na própria experiência.
Agora, se o plano for vincular-se a uma
grande banca de advocacia, não é necessário
tanto rigor, embora seja necessário também
fazer uma reserva e, para isso ter noção ou
procurar orientação para bons investimentos.
“Uma reserva financeira é necessária para se
manter durante um período enquanto procura
no mercado uma nova colocação”, diz.
Existem bons profissionais no mercado que
podem ajudar a compor esse fundo de reserva,
alguns vinculados a instituições financeiras.
Duas das maiores do Brasil têm parceria com
a CAASP. Um dos bancos mais antigos do
Brasil assinou convênio recentemente com
a entidade para oferecer diferenciais aos
advogados dispostos a investir.
“Nós vemos o cliente não como correntista,
mas como investidor e, para isso, temos um
atendimento personalizado. Cada pessoa
tem uma forma distinta para aplicar
o dinheiro. Isso vai depender do
histórico dela, da personalidade,
da própria experiência de vida e do
tempo que espera para ter retorno”,
disse um executivo do banco à
Revista da CAASP.
Para o advogado Francisco
Ramos, fundos administrados dão
tranquilidade para que o advogado
cuide do que mais importa, a
advocacia. “A advocacia é uma
amante: se você não souber dizer
chega, ela toma conta de você por
completo”, afirma. Para ele, com uma
gestão bem equilibrada, o advogado
ainda tem condição de trabalhar
como nos tempos clássicos, praticar
a advocacia artesanal.
“Se você souber poupar um pouco, se você
souber conter alguns gastos, fazer alguns
investimentos centralizados, em vestuário,
em imagem, em equipamentos de qualidade,
em cursos de capacitação, você terá um
retorno financeiro da atividade importante e
um retorno enquanto profissional. Advocacia
é uma delícia e você acaba tendo o diferencial.
Ainda que você não ganhe tanto quanto os
grandes, mas ganhe dos grandes, a sensação
por ser melhor, estar mais capacitado, por ter
um diferencial. Isso é impagável”, declara.
O advogado Raul Mata concorda. Além
de consultor, ele acumulou uma carteira de
clientes considerável, apesar da juventude.
Tem 28 anos. Fez isso quando descobriu que
sua verdadeira vocação é ser ponte. É ser
o profissional que tem prazer em resolver
problemas, ser sempre o meio. “O resultado
interessa ao cliente. Ele vai ganhar com isso.
Para nós, o mais importante é resolver o
problema dele. Ser remunerado por encontrar
a solução do problema. No final, ele ganhará
em uma causa milhões de reais, você ficará
com alguns milhares, mas o prazer de ter
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