54 REVISTA DA CAASP
médio dos compradores de imóveis dos
últimos anos. São jovens, têm alto grau de
escolaridade e são solteiros. Alisson tem 31
anos e a média de idade do comprador é
33.
Segundo estudo da área de inteligência
de mercado da empresa Lopes, uma
das maiores incorporadoras do país, o
comprador potencial dá preferência à
localização do imóvel a espaços. Alisson
e Franciele compraram um apartamento
de 63 metros quadrados – relativamente
pequeno -, mas próximo de centros
comerciais e avenidas.
A Revista da CAASP encontrou Alisson
e Franciele na loja de uma das maiores
fabricantes de móveis da América Latina,
onde estavam reunidos com o arquiteto
Vinícius Martins para definir detalhes
do projeto de decoração elaborado em
computador. Era a segunda visita do casal.
O desejo deles é o mesmo de todos
os compradores: querem o interior do
apartamento bonito e, acima de tudo,
funcional. “Sabemos que
vamos passar ali a maior parte
do tempo de nossa vida, depois
do trabalho, e queremos que
seja muito agradável”, diz
Franciele.
O apartamento não é
grande – “quando tivermos
filhos, podemos pensar em
algo maior, mas por enquanto,
como primeiro apartamento, é
o suficiente para nós”, afirma
Alisson. Franciele lembra que
o condomínio oferece espaços
comuns que suprem o espaço
pequeno do imóvel.
“Compramos o imóvel
na planta e o projeto é muito bom:
o condomínio terá campo de futebol
society, quadras de esporte, academia,
churrasqueira, salão de festas”, afirma
Alisson. Franciele acrescenta: “Tem até
salão de beleza.” Para serviço de estética
e beleza, como manicure ou maquiadora,
Franciele poderá chamar o profissional ou
a profissional e, reservando horário, usar
um dos salões preparados para o uso dos
condôminos.
Com cada vez mais gente morando
nas grandes cidades e menos espaços
para construção, a arquitetura resolveu o
problema: espaço menor, qualidade maior.
A arquiteta Paula Carvalho, que já
elaborou e executou projetos de interiores
para mais de 150 clientes, inclusive em
Orlando, Estados Unidos, lembra a máxima
do arquiteto alemão Ludwig Mies van der
Rohe: “less is more” (menos é mais), para
dizer como trabalham hoje os profissionais.
“A gente trabalha hoje com muito mais
estúdios, por conta da necessidade das
pessoas. Os estúdios – o nome antigo é loft
– são mais baratos, mais fáceis de mobiliar,
DICAS
Arquivo Pessoal A.e F.
Alisson e Franciele: à procura de um
apartamento bonito e funcional.