DICAS 56 REVISTA DA CAASP
A arte de aproveitar os espaços com criatividade.
para eles R$ 360 mil – isso por ser em São
Bernardo do Campo, onde os imóveis saem
mais em conta do que em São Paulo.
Para preparar o interior, eles chegaram
à loja dispostos a gastar R$ 35 mil – cerca
de 10% do valor pago pelo apartamento
que, dois anos depois, já está valendo R$
420 mil.
“Ninguém quer um móvel para se
desfazer dele em quatro ou cinco meses.
Os móveis têm que durar de dois a cinco
anos, prazo em que a pessoa terá capital
para comprar algo que seja um pouco
maior”, observa a arquiteta Paula Carvalho.
O segredo de tornar menos em mais é,
segundo Paula, agregar função à estética.
Não apenas pensar em material mais em
conta. A funcionalidade e a praticidade nos
ambientes, bem como a integração deles,
fazem com que os apartamentos pareçam
maiores.
Por exemplo, é possível integrar a
cozinha com uma área de serviço ou a
sala de jantar com o escritório. Não ter
Divulgação
espaço muito grande permite que se
reduza o tamanho dos móveis, mas com a
mesma funcionalidade. Isso faz com que os
apartamentos pareçam maiores.
Atendendo ao princípio de “menos
é mais” de van der Rhoe, os arquitetos
procuram fórmulas para colocar menos
coisas nos imóveis. O primeiro passo é
descartar os supérfluos, como havia no
passado. A casa da vovó era cheia de
coisinhas, como cristaleiras e objetos de
decoração, mas ninguém sabia para que as
coisinhas serviam.
“A decoração é importante, mas não
precisa estar cheio de decoração para que
seja um apartamento bonito. Tendo o que é
essencial para atender às necessidades dos
clientes, está bom. Por exemplo, para que
uma lavadora e uma secadora separados,
se o mercado já oferece um único produto
que faz as duas coisas?
Nesse caso, o aparelho pode ficar
no mesmo ambiente da cozinha e até
um pequeno varal é admitido, acima da