muita disciplina”, conta a deputada. E
vai além: “Essas experiências abrem um
caminho de possibilidades na mente que
irradiam para o corpo, nutrindo minhas
convicções de que um dia voltarei a andar”.
Gabrilli sempre foi indignada com a
falta de acessibilidade e a exclusão dos
deficientes no Brasil. Por isso, em 1997, a
ONG Projeto Próximo Passo, hoje Instituto
Mara Gabrilli, foi criada para promover
acessibilidade, pesquisas e inclusão social
em comunidades carentes e atletas com
deficiência. Quando entrou na política, em
2005, como secretária municipal da Pessoa
com Deficiência e Mobilidade Reduzida,
desenvolveu dezenas de projetos em
diversas áreas: infraestrutura urbana,
educação, saúde, transporte, cultura, lazer,
emprego, entre outros. Atualmente, na
REVISTA DA CAASP 47
Câmara dos Deputados, ela é a principal
representante dos Direitos das Pessoas
com Deficiência – no caso da reforma
trabalhista, em avaliação na Câmara dos
Deputados, ela se reuniu com o relator,
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN),
para que fosse retirado do projeto o artigo
que flexibilizaria a Lei de Cotas, que obriga
empresas com 100 ou mais funcionários
a reservar de 2% a 5% de suas vagas para
pessoas com deficiência ou beneficiários
reabilitados.
“No Brasil os problemas decorrentes da
pobreza tornam o impacto da deficiência
muito maior na vida das pessoas. Tirar a
LBI (Lei Brasileira de Inclusão) do papel,
que é uma das legislações mais completas
do mundo, é um dos grandes desafios que
temos pela frente”, observa.|