REVISTA DA CAASP 41
O POTENCIAL
REABILITADOR
DO ESPORTE
A Segunda Guerra Mundial fez o contingente
de pessoas com deficiência aumentar
significativamente. Soldados voltavam dos
campos de batalha com problemas de visão,
amputados e paraplégicos. Presos a camas ou
cadeiras de roda, sem vida ativa, morriam em
meses ou até em semanas por causa de escaras,
infecções e depressão. Brotou da cabeça de um
neurocirurgião judeu alemão, apaixonado por
esportes e refugiado na Inglaterra, em 1945, a
ideia de usar a atividade física como terapia de
reabilitação e garantia de uma vida plena para
esses pacientes. Ludwig Guttmann passou a usar
os terrenos vizinhos ao centro de tratamento
de veteranos de guerra, na cidade de Stoke
Mandeville, como locais para que os pacientes
praticassem arremesso de bola e arco e flecha
em cadeira de rodas. A iniciativa foi eficaz,
produziu aumento real da resistência física e da
autoestima nos pacientes. Logo, as atividades
recreativas realizadas em Stoke Mandeville
tornaram-se competições, que rapidamente
ganharam caráter internacional e reconhecimento
- era o embrião dos Jogos Paraolímpicos.
reportagem | KAROL PINHEIRO
SAÚDE