
banheiros, as mesas de coworking e o piso.
Não tocou nas janelas de vidro nem nas
escadas.
Esta é a rotina dela: saiu de lá e foi para
outro escritório bem perto. Trabalhou mais
uma hora e voltou para a sede da empresa,
onde almoçou. Uma hora depois do almoço,
foi para outro escritório. Às 15 horas, já
estava de volta ao endereço nos Jardins. Ficou
ali mais uma hora e meia, fazendo o mesmo
serviço da manhã, e foi embora. Às 17 horas,
já estava indo para o ponto de ônibus.
Marcos Salotto contrata três horas de
serviço diário de segunda a sexta. Paga
para a empresa de Maria cerca de R$ 1.500
por mês e exigiu que, junto com a fatura,
fossem incluídas as guias de recolhimento
previdenciário. “Eu sou muito rigoroso com
questões tributárias. Tolerância zero para a
sonegação. Tudo é feito assim, o que afasta
qualquer risco de implicação na Previdência
Social”, afirma.
Se tivesse uma profissional contratada
diretamente para fazer o serviço, o custo da
contratação seria maior, e a profissional não
teria serviço para fazer durante as oito horas
diárias. Quando ele precisa fazer a limpeza
REVISTA DA CAASP 49
de vidros ou escada, recorre a uma diária
de faxina, em outra empresa. “Penso que,
otimizando a mão de obra, com o que eu pago
mais o que outros clientes pagam, haverá
receita para que essa senhora receba até
um pouco mais do que se fosse contratada
diretamente”, diz.
Outra vantagem para o cliente é que a
empresa nunca ficará sem o serviço, já que,
no caso de uma faxineira faltar, outra será
enviada. As empresas que fornecessem essa
mão já estão preparadas para o caso de uma
funcionária não poder trabalhar por motivo
de doença ou outro.
A empresa onde trabalha dona Cleuza
tem outras 28 profissionais de limpeza. Paga
salário, garante a refeição e o transporte. O
salário líquido está em torno de R$ 1.000,
com todos os direitos assegurados.
O advogado Cláudio Peron Ferraz, que
foi presidente da Associação dos Advogados
Trabalhistas de São Paulo e é conselheiro
secional da OAB-SP, alerta para os critérios
que o escritório deve observar para fazer a
contratação de serviço avulso. “É importante
que o escritório veja quem está contratando,
se a empresa tem empregados registrados
e que produto vai ser utilizado. Empresa de
motoboy? Tem que checar se ela é idônea, se
faz tudo direitinho”, afirma.
Peron diz que a principal fonte para
pesquisar a idoneidade da empresa é a
internet. “Há os serviços Reclame Aqui e
outros que dão estas respostas”, indica.
“Antes de contratar, vale uma boa pesquisa
sobre a empresa.”
DICAS Pixabay
Serviço de motorista também integra rol de
terceirizações.
TERCEIRIZAÇÃO EXIGE
RESPONSABILIDADE