
foram registradas ao menos oito mortes de
brasileiras na Venezuela em decorrência de
complicações pós-cirúrgicas, normalmente
após operações em clínicas clandestinas,
sem qualquer estrutura para procedimentos
plásticos, realizadas por pessoas que não são
de fato cirurgiões.
Há problemas também registrados no
Brasil, em tristes episódios que estampam
as páginas dos jornais. O último deles foi o
da bancária Lilian Calixto, que morreu aos
46 anos no Rio de Janeiro de uma embolia
pulmonar devido à aplicação de PMMA
(polimetilmetacrilato) para preenchimento
estético no glúteo, realizada por Denis Furtado
– o “Doutor Bumbum”. Segundo o Conselho
Regional de Medicina do Rio de Janeiro
(Cremerj), Furtado não tinha autorização
para exercer a medicina no Estado, além de
realizar ato médico em local inapropriado -
no seu apartamento.
“Como outras especialidades não são
bem remuneradas, muitos profissionais têm
adentrado a área da cirurgia plástica e dos
procedimentos estéticos sem terem de fato
qualquer preparação para isso”, denuncia
Gemperli.
REVISTA DA CAASP 43
Para obter o Título de
Especialista em Cirurgia Plástica
o médico precisa passar por três
anos de formação específica
depois de concluir a faculdade,
mais residência médica em
cirurgia geral, com duração
média de dois anos, além
de ser aprovado em exame
promovido pela SBCP. Somado
todo esse tempo, conclui-se que
a qualificação de um cirurgião
plástico resulta de, no mínimo,
11 anos de estudo.
Big Apple Circus
Nada há de errado em melhorar a aparência
por meio da cirurgia plástica. Esse intento
beneficia não só a estética dos interessados,
mas toda a saúde física, psicológica e o
convívio social. já que mexe diretamente
com a autoestima, que em alta é capaz de
afastar problemas sérios relacionados à
autoimagem, como a depressão e outras
doenças. “Todas as cirurgias plásticas, mesmo
as reconstrutivas, têm como fim a estética,
pois servem para fazer o paciente ter uma
SAÚDE
Lilian, vítima do “Dr. Bumbum”.
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