
26 REVISTA DA CAASP
No dia 14 de março o presidente da
Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
botou uma meia-trava no Projeto de Lei
Anticrime do ministro Sérgio Moro. Com o
azedamento da relação com o presidente
Jair Bolsonaro e seus filhos - cujas razões
estariam supostamente relacionadas com
a prisão preventiva do ex-presidente Michel
Temer e do ex-ministro Moreira Franco
-, Maia criou um grupo de trabalho, com
prazo de atuação de 90 dias, para analisar
o Pacote Moro, antes deste seguir para as
comissões regulares e o plenário.
Rodrigo Maia também não gostou da
forma como Moro lhe cobrou celeridade,
e referiu-se ao ministro como “funcionário
do presidente”. Para completar, nomeou
dois dos deputados mais estridentes na
oposição ao projeto, Marcelo Freixo (Psol-
RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP), para compor o
grupo, presidido pela deputada Margarete
Coelho (PP-PI). O relator é o deputado
Capitão Augusto (PR-SP).
Nada que um café da manhã na
residência oficial do presidente da Câmara,
costurado pela deputada Joice Hasselmann,
líder do governo, não amenizasse. Panos
quentes devidamente colocados, Maia
comprometeu-se a ver a possibilidade
de o projeto anticrime ser analisado pelo
grupo especial em 45 dias, em vez dos 90
ESPECIAL
TRAMITAÇÃO
SUI GENERIS
Marcelo Camargo (Ag Brasil)
Maia: primeiro uma meia-trava, depois um café da manhã contemporizador.