
comunidades e doamos”, afirma Roberta.
Por sinal, as pessoas com renda mais
elevada formam o grupo que mais cresce
no uso das bicicletas, segundo a pesquisa
origem-destino do Metrô.
Entre 2007 e 2017, o crescimento do uso
da bicicleta foi maior entre os entrevistados
de alta renda: o índice de utilização no grupo
que tem renda familiar acima de R$ 11 mil
aumentou quase 400%.
O QG das Capivaras, apesar de realizar
um trabalho relevante, enfrentou problemas
com a burocracia do Estado de São Paulo.
A estatal que detém a propriedade das
margens do rio Pinheiros, a Emae, implicou
REVISTA DA CAASP 47 DIA A DIA
com o trabalho que os ciclistas realizavam
num pedaço insignificante, mas de relevância
social. E mobilizou forças de segurança para
desmontar a estrutura de lona que Roberta
e os amigos haviam levantado.
Durante alguns meses, ficaram sem sede,
mas, mesmo assim, continuaram fazendo
o trabalho social até que a Secretaria de
Esportes do município tomou conhecimento
do que eles faziam nas favelas.
Desde dezembro do ano passado, eles
estão instalados no centro esportivo Pelezão,
no Alto da Lapa.
Casada com engenheiro, Roberta deixou
o marketing esportivo para cuidar das filhos,
Arquivo R.G.
Roberta e companheiros: oficina e centro de arrecadação para ações sociais.