
20 REVISTA DA CAASP
Doenças infecciosas epidêmicas sempre
acompanharam a humanidade. Algumas
surgem e desaparecem, outras persistem no
tempo ou adquirem novas características,
como aconteceu agora com a SARS-CoV-2.
Também esse vírus será vencido, ainda que
o custo para chegarmos a esse ponto, com
o menor número possível de infectados e
mortos, provoque um choque inicial nas
economias e a cura demore um pouco para
chegar.
Apesar de alguns percalços no início,
quando o mundo percebeu a gravidade da
pandemia de Covid-19 passou a responder
com velocidade e mobilização de recursos
sem precedentes.
O vírus foi identificado rapidamente.
Seu genoma foi sequenciado por cientistas
chineses e compartilhado com todo o
mundo. Conforme os casos foram surgindo
em outros países, as comunidades científicas
locais também correram para sequenciar o
genoma do vírus. Era o que precisava para
o desenvolvimento de vacinas e drogas para
tratamento da doença.
O mundo começou a redirecionar a
produção industrial e de infraestrutura
para saúde. Hospitais de campanha foram
construídos em tempo recorde. Montadoras
de veículos passaram a usar seu maquinário
para produzir ventiladores e respiradores,
que depois são montados por empresas
especializadas nesse serviço. Cervejarias
anunciaram a transformação de etanol em
álcool em gel, entre muitas outras iniciativas
globais e locais.
Aliadas às medidas de isolamento -
característica das mais importantes nessa
cadeia de medidas -, as estimativas de
impacto da pandemia foram revisadas e
começaram a apontar projeções um pouco
mais animadoras.
Segundo o centro de análise do Imperial
College Londres, no estudo “The global
impact of Covid-19 and
strategies for mitigation
and Supression”, ainda que
seja necessário manter o
isolamento e até ampliá-lo
em alguns países e que
serviços de saúde sigam
sendo muito requisitados, o
mundo ganhou tempo.
Na economia, estudos
preliminares também
mostram que estamos no
caminho certo. “Pandemics
depress the economy, public
health interventions do not:
evidence from the 1918 flu”,
estudo do Federal Reserve
VAMOS VENCER ESSA
PANDEMIA?
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Cientistas em trabalho diuturno. Chegaremos à cura, mas quando?
SAÚDE