
Nos círculos vermelhos, a intensidade da pandemia pelo mundo até o fechamento desta edição.
em 31 de dezembro de 2019, e a entidade
repassou as informações ao resto do mundo,
o Ocidente tratou o vírus como se fosse uma
“gripezinha”.
O momento não podia ter sido pior.
É exatamente no fim de dezembro que
aeroportos de todo o mundo lotam de
passageiros prontos para viajarem e
comemorarem o réveillon em outros
destinos. Pelo menos 175 mil pessoas
deixaram a cidade de Wuhan em 1º de
janeiro, como revelou o jornal “The New
York Times”, após uma análise dos dados
coletados das principais telecomunicações
chinesas que rastreiam os movimentos de
milhões de telefones celulares por lá.
O estudo de modelagem “Substantial
undocumented infection facilitates the rapid
dissemination of novel coronavirus (SARS-CoV2)”
da Universidade de Columbia, em
Nova York, apontou ainda que nas duas
semanas que se seguiram a notícia de que
havia um surto de um novo coronavírus
na China, ao menos 85% dos passageiros
infectados, com sintomas leves ou
REVISTA DA CAASP 19 SAÚDE
John Hopkins University
assintomáticas, passaram despercebidos
por aeroportos de todo o mundo. Os
pesquisadores acreditam que foi assim que
o vírus começou a se espalhar localmente
em outros países, provocando o início da
pandemia.
Como a matemática ajuda a explicar,
a transmissão da Covid-19 segue uma
função exponencial, no qual o número se
multiplica por ele mesmo. Dessa maneira,
numa epidemia em que o número de novos
casos dobra a cada três dias, no primeiro dia
haverá um caso, no terceiro dois casos, no
sexto dia serão quatro casos, no nono dia
serão dezesseis e assim por diante.
Foi por receio de desacelerar suas
economias que alguns governantes
escolheram não levar a sério os reiterdos
avisos das autoridades sanitárias
internacionais e locais, minimizando os
riscos do Covid-19, recusando-se a agir
com a urgência necessária e perseguindo
iniciativas de respostas de líderes regionais
compatíveis com a gravidade da ameaça em
curso.