Maria Aparecida: seu perfil é o do novo
estudante online.
DICAS 40 REVISTA DA CAASP
conteúdo. O giz foi aposentado e a caneta
já não é tão usada quanto antes.
Uma empresa lançou há pouco tempo
a lousa digital. O que é escrito lá pode ser
imediatamente compartilhado. Para que
anotar? A lousa, no entanto, é pequena,
para pequenas anotações e tem sido usada
apenas para reuniões corporativas, nunca
para “sala de aula” (entre aspas, porque,
na educação a distância, essa coisa não
existe mais).
A indústria já está trabalhando num
formato maior, mas talvez nem seja
necessário. “No ensino a distância, o
aluno passa a ter um papel mais ativo.
O professor conduz, é obrigado a dar o
conteúdo conforme o planejamento, mas
o estudante não precisa e não deve se
limitar a isso, ele pode explorar muito mais
o conteúdo da matéria”, afirma Josiane.
Por explorar, entenda-se buscar
informações adicionais, a partir da própria
internet. Mas, como diferenciar na rede
o que é de qualidade? É para isso que o
professor se torna insubstituível. Ele é
capaz de separar o joio do trigo, a matéria-prima
do lixo, a ciência do “achismo”.
Maria Aparecida da Silva perdeu o
emprego de recepcionista no ano passado,
depois de doze anos na empresa. Aos
49 anos de idade, ela não teve dúvida:
voltou a estudar. Mas sentar no banco
escolar seria muito mais difícil e caro,
incluindo aí mensalidades mais os custos
de deslocamento e alimentação. O que fez
ela?
Matriculou-se num curso a distância
— no caso, letras (Português e Espanhol).
Sabe que, com o diploma, poderá dar aula
ou reforçar o currículo para passar de
recepcionista a secretária executiva, com
fluência em uma língua estrangeira.
Maria Aparecida passa pelo menos duas
horas por dia na frente do computador,
com as luzes da sala apagadas, para manter
o foco na tela do computador.
Pela idade e histórico profissional,
Maria Aparecida tem o perfil médio do
novo estudante online, aquele que nunca
desiste de aprender. No caso dela, que não
tinha graduação, a opção foi pelo primeiro
diploma.
Mas existem estudantes que já
concluíram o curso e estão em busca de
especialização, com diploma validado
pelo MEC ou não. Outros, que tentaram
o ensino tradicional, desistiram, e foram
para a educação a distância.
Foi isso o que fez Caio Jahara, que desistiu
de um curso de economia na USP para
fazer cursos online, na área de tecnologia,
de olho numa colocação mais rápida no
mercado. O curso que está fazendo, ao
mesmo tempo em que toca sua empresa
na área digital, é o de análise de dados em
uma plataforma administrada no Brasil
por uma equipe que oferece cursos que
obrigam o aluno a fazer projetos, e os
avaliadores estão espalhados pelo mundo
todo. Se o projeto for bom, ele pode ter
as portas abertas para criar uma startup
Arquivo M.A.S.