Presidentes de Caixas compartilham desafios e conquistas no CONCAD Mulher

A Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo recebeu, no dia 9 de outubro, a 1ª Reunião do CONCAD Mulher da gestão 2025-2027. Durante a reunião, representantes de diferentes Caixas compartilharam ações desenvolvidas em seus estados, reforçando o compromisso coletivo com a equidade de gênero e o acolhimento da mulher na advocacia.

Para a presidente da Caixa de Minas Gerais, Ângela Botelho, o CONCAD Mulher é um espaço essencial para o avanço das pautas femininas na advocacia: “A nossa Caixa vem realizando um grande trabalho para oferecer mais benefícios à advocacia mineira, e estamos buscando atender cada vez melhor a mulher advogada. Por isso, quando nos reunimos e falamos sobre as nossas demandas, parece que lavamos a alma — é inspirador”.

Entre as iniciativas que simbolizam essa rede de apoio e sororidade, destaca-se a Ouvidoria da Mulher, da Caixa de Assistência de Sergipe, que acolhe e orienta advogadas em situação de violência doméstica. A presidente da Caixa sergipana, Glória Roberta Moura Menezes Herzfeld, destacou que esse trabalho vai além do atendimento individual — ele representa a continuidade de uma caminhada coletiva: “Se nós estamos aqui hoje é porque outras mulheres abriram as portas, e nós continuaremos abrindo as portas para que tantas outras mulheres se façam presentes. Juntas somos imbatíveis”.

Em meio aos relatos de boas práticas, também foram abordados desafios enfrentados pelas profissionais da advocacia. Diante do aumento da violência profissional, especialmente nas áreas criminal e de família, a Caixa de Assistência do Paraná, em parceria com a OAB PR, criou o Auxílio Profissional, após um episódio ocorrido no início do ano. “Uma advogada teve o seu escritório incendiado e, da noite para o dia, perdeu tudo. Essa violência não é apenas material, é uma violência brutal que atinge todas as áreas”, compartilhou Rafaela Polydoro Küster, vice-presidente da CAA/PR.

A presidente da Caixa do Distrito Federal, Lenda Tariana, destacou que o olhar coletivo das mulheres na advocacia é uma ferramenta de transformação e de construção de espaços duradouros: “Nosso diferencial de olhar para o coletivo não serve para segregar homens, mas para nos fortalecer de forma inteligente e racional. Conquistamos o nosso espaço na raça e na coragem, mas agora precisamos agir estrategicamente para construir caminhos para as que virão. Uma sociedade equilibrada nasce da paridade — e esse avanço só será possível se estivermos preparadas. Nosso caminhar não é linear, mas é firme”.

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