O 1º Congresso sobre Direito das Pessoas Idosas, realizado pela OAB SP no dia 15 de junho (foto), reuniu juristas, gerontólogos e membros do Poder Público em um amplo debate sobre a necessidade de combate ao etarismo e formas de incluir a população idosa na construção de políticas públicas. A CAASP esteve representada pelas diretoras Vilma Muniz de Farias (secretária-geral adjunta) e Solange de Amorim Coelho (tesoureira).
Vilma Farias mediou o painel “Sistema Social, Mercado de Trabalho e Idadismo”, cujo palestrante foi o advogado Vinícius Fluminhan, doutor pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo a diretora da CAASP, “a palestra refletiu sobre a dinâmica do mercado de trabalho à luz de fortes indícios da prática de idadismo, um fenômeno que, quando associado a outros fatores de discriminação (gênero, cor, origem, grau de escolaridade, entre outros), pode produzir uma vulnerabilidade ainda maior, mais perversa e mais injusta para que pessoas idosas ingressem ou permaneçam no mercado de trabalho”.
Em sua manifestação, Solange Coelho mencionou, como contato inicial com a questão do idoso, o momento em que a pessoa se depara com o envelhecimento dos pais e tem de se tornar “pai e mãe” deles - uma situação que ela mesma viveu e que quase todos enfrentam a certa hora da vida. “Vemos o etarismo em todos os momentos, quando se vai ao banco, quando se vai ao hospital e em diversas situações. Precisamos estar preparados emocionalmente para uma realidade que todos vamos enfrentar”, salientou a tesoureira da Caixa de Assistência, que também descreveu serviços e benefícios oferecidos pela entidade, especialmente à parcela idosa da advocacia.
O 1º Congresso sobre Direito das Pessoas Idosas tratou, sempre tendo o idoso como foco, além de questões jurídicas e de direitos humanos, de temas relacionados a gerontologia, medicina, diversidade de gênero, mercado de trabalho, previdência e educação.
Segundo a presidente da Comissão Permanente dos Direitos da Pessoa Idosa da OAB SP, Marcela Carinhato, “após reflexões durante um dia de estudos, foi redigida a Carta de São Paulo, que será encaminhada a conselhos, à Assembleia Legislativa de São Paulo e ao Congresso Nacional, com o intuito de sensibilizar ainda mais a sociedade para as questões que envolvem a população 60+, acima de tudo quanto ao respeito a esses cidadãos e o combate ao idadismo”.
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