Page 46

Revista da CAASP - Edição 23

46 REVISTA DA CAASP transformação de Nicole numa bem sucedida sommelièr é uma evidência de que o vinho vai muito além do seu teor alcoólico. “O vinho não é um produto para ser consumido por quem tem o objetivo de se embebedar”, afirma o advogado Sérgio Mafra, gerente jurídico de uma grande empresa, que descobriu o vinho depois que a abertura econômica, iniciada no início dos anos 90, chegou até a adega e o Brasil começou a receber produtos mais sofisticados. “O vinho faz parte das boas coisas da vida, como a comida e uma roda de conversa. No fundo, tudo isso é a mesma coisa”, afirma. Antes de se tornar especialista em vinho, Nicole tinha um único vínculo com a bebida, de caráter teórico. Para se formar química, com a credencial para lecionar, ela fez um trabalho de conclusão de curso em que analisou algumas propriedades que produziam uva própria para a transformação em vinho. Seu foco principal foram os aspectos minerais da terra, de forma a definir a importância deles na qualidade da uva. A empresa queria um profissional assim, capaz de identificar no vinho o sabor da natureza. “Definitivamente, não é uma bebida alcoólica, é um bem cultural, da forma como os europeus definem”, afirma Nicole. Essas características naturais da área onde se planta a uva, combinadas com a cultura do manejo, são chamadas da Nicole: “O vinho aproxima as pessoas”. DICAS


Revista da CAASP - Edição 23
To see the actual publication please follow the link above