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Revista da CAASP - Edição 22---

É uma doença difícil de conviver. Um advogado precisa estar bem com seu emocional e com sua capacidade motora para trabalhar, e ambos ficam comprometidos pela doença”, descreve. A perda da capacidade laborativa levou Alexandre a uma forte depressão, que até hoje o obriga a acompanhamento psicológico. A progressão do Parkinson forçou-o a mudar para a casa da irmã Benedita. Sem rendimentos, ele recorreu ao INSS. Teve seu pedido de benefício negado. Um sobrinho, também advogado, sugeriu que procurasse a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo, a quem recorreu e foi atendido após entrevistas com assistente social e confirmação de sua incapacidade laborativa e precariedade econômica. Com seu pedido deferido pela CAASP, Alexandre recebe auxílio mensal em dinheiro, cartão-alimentação e auxílio-medicamento. “A ajuda da Caixa é muito importante para mim, principalmente em relação aos remédios”, conta, enquanto mostra uma caixa repleta de medicamentos indispensáveis ao seu tratamento. “Eu costumo pegar a maioria no SUS, mas tem mês que falta e o auxílio da CAASP, mais os descontos que a farmácia da entidade oferece, ajuda e torna a compra mais acessível para mim”, salienta. O dinheiro da Caixa ajuda nas despesas da casa e também no pagamento do convênio médico do advogado. Dentro de suas limitações, Alexandre procura manter-se ativo. Quase que diariamente caminha pelo bairro monde mora, além de se manter em boa companhia literária. “A leitura é uma coisa que me faz desligar um pouco”, observa. O último livro que leu foi “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, clássica fábula sobre os regimes totalitários. Abril 2016 / Revista da CAASP // 27


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