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Revista da CAASP - Edição 22---

A multiplicidade intelectual de Umberto Eco Considerado um dos maiores escritores italianos do Século XX, Umberto Eco, antes de aventurar-se pela literatura, desenvolveu uma ampla e diversificada carreira cadêmica. Fotos WEB Academia Sueca, templo do Prêmio Nobel 28 // Revista da CAASP / Abril 2016 \\ Escritor, professor, semiologo, filósofo. Umberto Eco tornou-se internacionalmente conhecido a partir da publicação de O Nome da Rosa (1980), novela literária que nasceu como best-seller, com vendagem de 14 milhões de exemplares; e Por Luiz Barros* serviu de argumento ao filme homônimo estrelado por Sean Connery (1986; direção de Jean-Jacques Annaud). Recheado de mistério e erudição, O Nome da Rosa tem por fio condutor a visita de dois monges franciscanos, Guilherme de Baskerville – no cinema vivido por Sean Connery –, e seu discípulo, Adso de Melk – Christian Slater –, a uma longínqua abadia beneditina situada ao norte da Itália, onde, no início do Século XIV, vivem monges supersticiosos. Com o decorrer dos dias, Baskerville e Adso se veem desviados do propósito inicial de sua visita, a partir de situações inusitadas e misteriosas que ocorrem na abadia, resultando algumas delas em mortes horrendas. Um terrível segredo guardavam os muros daquela abadia e a morte era certa àqueles que se aproximavam de desvendá-lo. Baskerville, com o auxílio de seu fiel discípulo, dedica-se à elucidação dos fatos. A narrativa conta, ainda, com recursos fortemente envolventes, cenas de sexo, julgamentos e execuções. O Nome da Rosa gerou polêmica entre os religiosos, em especial entre os papistas, que se dedicaram a campanhas de difamação do autor e sua obra. E, no meio acadêmico, de onde se originara Umberto Eco, não faltaram os que a partir de então, e até hoje, atribuem ao escritor falta de precisão histórica. Andrew Cowley - Telegraph Reprodução


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