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Revista da CAASP - Edição 19-

DICAS \\ O Food Service Brasil reúne as grandes cadeias de fast food, que, ao contrário dos empreendimentos individuais, muitos de perfil familiar, cresceram. “As redes têm feito muitas promoções e segurado os preços, além de ser um atrativo maior de lazer para as famílias, em razão da própria marca”, explica Ingrid. Ela conta que duas novas redes internacionais, a Dunkin Donut’s e a Cheese Cake Factory, desembarcam no Brasil este ano, de olho no mercado atual e na perspectiva de crescimento num prazo maior. Ingrid destaca a comodidade do fast food Arquivo I. D. 32 // Revista da CAASP / Outubro 2015 Hoje, cerca de 30% dos brasileiros têm o hábito de comer fora ou de pedir comida pronta - o delivery. Nos Estados Unidos, essa taxa é superior a 50%. “Com a mulher no mercado de trabalho, a dificuldade cada vez maior de contratação de empregada doméstica e a comodidade do food service, essa taxa só tende a aumentar no Brasil”, comenta Ingrid. “O brasileiro faz uma refeição fora, quando muito. Na Europa ou nos Estados Unidos, o consumidor vai mais de uma vez por dia na lanchonete ou restaurante”, diz. As padarias têm cada vez mais incorporado esse perfil e estão preparadas para atender ao cliente que usa cada vez menos o fogão. O preço influi na escolha do cliente. Em agosto, pela primeira vez o IPCA acumulado dos últimos doze meses mostrou uma inflação menor nas refeições fora de casa em relação ao preço da comida preparada no domicílio: 10,8% contra 10,2%. Até os pequenos estabelecimentos descobriram que o caminho para segurar ou trazer de volta o cliente é manter os preços. Kleber Kaplar conta que, em maio, o número de refeições servida em seu restaurante, o pioneiro em comida por quilo na cidade, caiu pela metade. “Estávamos quebrando”, afirma. Para sobreviver, ele trouxe de volta o conceito de prato feito (ou marmitex) a R$ 10,00. Colocou um cartaz na porta, e o cliente de menor poder aquisitivo voltou. Na loja de uma grande rede no shopping Eldorado, onde um adesivo do Clube de Serviços da CAASP indica convênio em benefício dos advogados (10% de desconto), o movimento nunca caiu, apesar da crise. O segredo é que os preços foram mantidos. “Nos restaurantes para as classes A e B não houve queda no movimento”, confirma Percival Maricato. Nos pequenos, a crise chegou. “O medo é maior que a crise. É difícil resistir ao bombardeio Maricato: esperança mesmo com a queda nas de notícias negativas nos jornais, TV e rádio”, conclui Kleber vendas Kaplar. No seu restaurante, que tem tíquete médio de R$ 25,00, o monitor de TV só mostra DVD de música. Numa sexta-feira de setembro, tocava James Taylor, às vésperas do Rock in Rio. O advogado Rodrigo de César Rosa segue na mesma linha, embora seu público seja bem diferente. De segunda a sexta, serve quem quer aproveitar a noite na Vila Madalena depois de um dia de trabalho. O cliente se diverte no karaokê, assiste ao jogo de futebol ou participa de workshops de WEB


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