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Revista da CAASP - Edição 19-

Arquivo A. R. G. pioneiros. Em 1988, a casa servia mais de 500 refeições todos os dias num pequeno estabelecimento do Viaduto 9 de Julho, no centro, ainda hoje em funcionamento, mas sob direção de outra pessoa, o psicólogo Kleber Kaplar, que aproveita o pioneirismo para atrair clientes. Foi com dona Odete que Alva, do restaurante da Praça da República, aprendeu os segredos do mercado de refeição fora de casa. O negócio deu tão certo que Alva logo abriu a segunda casa e chamou sua irmã, Alba, para administrar. Para o cliente, difícil saber quem é uma e quem é outra. As duas são gêmeas univitelinas e há mais de 50 anos aprenderam a dividir tudo. Alva se casou com o irmão do marido de Alba e ela conta que, quando a irmã estava grávida, um dia sentiu um aperto no coração e imaginou que Alba precisava de ajuda. Ela saiu de casa sem telefonar e foi chorando para a casa da irmã. Chegando lá, Alba a esperava, na sala, com a mala pronta. Era chegada a hora do parto. “Foi tudo por intuição, um a coisa de louco”, diz Alva, ao lado da irmã, que recorda outra situação curiosa. “Quando éramos crianças, quando uma viajava a outra ficava doente”, diz. Hoje, as duas se complementam no restaurante. Alba é gerente e gosta de supervisionar a cozinha. Alva é a proprietária e a satisfação dela é administrar. Oportunidade - Formado em Direito pela FMU, Rodrigo de César Rosa descobriu sua vocação há mais de dez anos, quando assumiu a área cível do escritório do advogado Ivan Carlos de Araújo. Mais tarde, aceitou o convite do pai, o experiente Djair Rosa, que já estava com a carreira consolidada, para dividir com ele o escritório na Vila Olímpia. Hoje, quando não está estudando jurisprudência ou preparando a defesa de seus clientes, pode ser visto em um restaurante na Vila Madalena, comandando o movimento da casa. Apesar da crise, Rodrigo viu na gastronomia uma oportunidade de negócio, e a não deixou passar. Num momento em que as pessoas reveem investimentos e existe a percepção de que se está gastando menos, ele tomou o caminho inverso. Só o tempo dirá se a decisão foi correta, mas, no que depender dos estudos do Instituto Food Service Brasil, Rodrigo colherá os frutos da ousadia. “Projetamos 5% no crescimento nominal de vendas no conceito ‘mesmas lojas’, e consideramos 3,8% Alva e Alba: irmãs que tocam um negócio de sucesso de crescimento do setor influenciado, principalmente, pela contribuição de vendas de novas lojas abertas no período deste ano, além da alta do dólar, que faz com que as pessoas gastem mais no próprio pais”, afirma Ingrid Devisate, diretora executiva do instituto. Segundo o presidente da seção paulista da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato, houve uma queda das vendas do primeiro semestre, principalmente nos restaurantes com tíquete médio entre R$ 40,00 e R$ 60,00. Mas ele tem esperança de que a expectativa do Instituto Food Service Brasil se confirme. Outubro 2015 / Revista da CAASP // 31 Rodrigo Rosa, advogado e empresário de alimentação


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