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Revista da CAASP -Edição 18-

Divulgação Com os R$ 380,00 por mês, o escritório tem direito a quatro reuniões mensais, secretária com atendimento personalizado e triagem de correspondência. Quem liga para determinado número, ouve o atendimento personalizado e a ligação é transferida para onde quer que o advogado esteja, inclusive no exterior, a preço de ligação local, pois as linhas atendem a redes de internet, muito mais baratas. Caso necessite de sala de reunião, paga um adicional de R$ 60,00 por hora, com direito a café, chocolate, cappuccino e água. Este é o pacote mais barato da empresa visitada pela Revista da CAASP. Mas o mercado cresce mesmo é na oferta de salas fixas, ainda que no conceito de escritório virtual. O advogado André Castilhos, que atua nas áreas imobiliária e tributária, Salas de reunião como esta têm custo conforme a também está instalado na Avenida Paulista, só que em outra periodicidade do uso empresa, e paga cerca de R$ 4.200,00 por mês, o que lhe dá direito a uma sala só sua, trancada com chave, vaga no estacionamento, além de telefonista, secretária e copeira. Caso usasse instalações próprias, na mesma região, não pagaria menos do que R$ 10 mil, considerando o aluguel da sala mais os salários dos funcionários. Se tivesse de comprar móveis e equipamentos e fazer a própria decoração, teria de gastar, no mínimo, mais R$ 50 mil. Mas, para André, a maior vantagem do escritório virtual nem é a ausência de investimento inicial ou o custo fixo menor por mês. “Com esse modelo, eu posso me concentrar exclusivamente no Direito”, afirma. Quando era dono do próprio escritório, ele tinha que gerenciá-lo, cuidar da contratação de funcionários, do pagamento das contas e até da manutenção dos serviços de comunicação. “Quando caía a internet, às vezes eu tinha que ficar o dia inteiro atrás do provedor para corrigir o problema. É um gasto de energia desnecessário”, diz. No escritório virtual, André nunca teve problema de conexão com rede mundial de computadores. A empresa contratada, assim como suas concorrentes, trabalha com mais de um provedor de acesso. “Caiu um, o outro provedor já está funcionando. O cliente nem percebe”, conta Alexandre Shu Fong, proprietário de uma empresa de escritórios virtuais. Assim como a advocacia se tornou uma profissão em que a especialização é cada vez mais intensa, princípio que vale para todas as demais profissões modernas, como medicina ou engenharia, o mercado de serviços também busca a superespecialização. Dentro desse conceito, as empresas de escritórios virtuais procuram o máximo de oferta de serviços eficientes com o menor custo. “Nossa missão é trabalhar para que o cliente se concentre no seu core business”, diz Alexandre, utilizando o termo que significa a essência do negócio. Para o advogado, é a defesa dos direitos do cliente. E quem trabalha com esse objetivo não deve ficar se preocupando com o serviço do encanador quando a pia da cozinha do escritório entupir ou o refeitório ficar sem o microondas porque a tomada queimou, tampouco com o vale-refeição ou vale-transporte dos funcionários. Para quem acha que o escritório virtual é tão impessoal quanto o consultório de um médico de pronto-socorro, Alexandre Shu Fong diz que o advogado que contrata uma sala fixa, por período de pelo menos um ano, pode escolher a decoração e os móveis. A própria empresa fornece mão de obra e indica o material. Como a empresa tem demanda e experiência no ramo, o preço sai mais em conta. “O cliente diz como quer e nós fazemos”, destaca Alexandre. Agosto 2015 / Revista da CAASP // 27 Castilhos reduziu suas despesas mensais


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