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Revista da CAASP -Edição 18-

DICAS \\ A comodidade do escritório virtual Reportagem de Joaquim de Carvalho Na próxima assembleia da Associação Nacional de Coworking e Escritórios Virtuais (Ancev), marcada para o dia 12 de setembro, no hotel Porto Bay, em Copacabana, Rio de Janeiro, os empresários do setor debaterão entre outros temas a proposta de um convênio de abrangência nacional com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A relação entre escritórios virtuais e a advocacia se intensificou muito nos últimos anos, e é por essa razão que a entidade pretende formalizar um acordo para criar um padrão de escritórios que atenda às necessidades dos advogados e também para praticar preços diferenciados. Arquivo pessoal E. M. D. Ernisio Dias: “o processo eletrônico mudou o perfíl do escritório” 26 // Revista da CAASP / Agosto 2015 O número de empresas que oferecem escritórios virtuais aumentou nos últimos anos ao ritmo de 20% ao ano, impulsionado em grande parte pela procura dos advogados. “O processo eletrônico mudou o perfil do escritório de advocacia, e hoje eles não precisam de grandes espaços para guardar cópias dos processos. Aos poucos, tudo vai para as nuvens e pode ser acessado de qualquer lugar”, comenta Ernisio Martines Dias, presidente da Ancev, fazendo referência à substituição crescente dos processos em papel por dados digitais. A utilização de escritórios virtuais sempre foi vantajosa em termos financeiros. A Ancev calcula que se instalar e trabalhar num escritório virtual represente uma economia de 70%, o que já era possível mesmo na era do papel, já que alguns escritórios mantinham (e mantêm) arquivos de papel em endereços diferentes daqueles em que trabalhavam (e trabalham) no dia a dia. Mas muitos torciam o nariz para essa solução por conta da estrutura física dos escritórios. “Basta conhecer as instalações para mudar de ideia, já que não se sentiam à vontade nos escritórios virtuais para tratar de assuntos sigilosos, pois as salas não tinham sequer proteção acústica”, diz Ernisio. Nos antigos escritórios, eram comuns divisórias de Eucatex, as quais já foram substituídas por material de melhor qualidade e à prova de som, como alvenaria e vidro duplo. Ernísio montou sua primeira empresa em 1995, um ano depois da chegada da multinacional que abriu o mercado no país para escritórios virtuais. Hoje ele tem quadro unidades, na Capital e na Grande São Paulo, e dessas apenas uma funcionava até o mês passado com divisórias sem proteção acústica. O setor se rendeu à evidência de que a privacidade é tão importante para os profissionais liberais quanto a redução de custo. Com essas mudanças, um escritório de advocacia na Alameda Santos, região da Avenida Paulista, com mais de 20 profissionais decidiu no ano passado encerrar suas atividades com uma estrutura física e adotar um modelo que une home office (trabalho em casa) com reuniões periódicas num escritório virtual na mesma Paulista. De cara, o custo foi reduzido de R$ 50 mil mensais, em despesas de aluguel, água, luz, faxina e pagamento de recepcionista, copeira e prestadores de serviços como TI, para R$ 380,00. Isso mesmo: um custo 130 vezes menor. WEB Arquivo pessoal A. C.


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