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Revista da CAASP -Edição 18-

SAÚDE \\ 24 // Revista da CAASP / Agosto 2015 em cada hospital um cart móvel com recursos semelhantes, além de uma câmera de alta definição para termos acesso ao paciente, quando necessário. Instalamos também software para acesso aos estudos de imagens radiológicas”, detalha Steinman. Até 2017, 80 hospitais contarão com apoio do Albert Einstein. Muitos locais distantes e regiões periféricas de grandes metrópoles possuem limitações de conectividade à internet e pouca acessibilidade. “Levar conectividade em alta velocidade para locais distantes dos grandes centros é um desafio. Mas já encontramos maneiras de lidar com essa dificuldade. Um bom exemplo é o que se desenvolve junto à comunidade indígena nas vilas ribeirinhas do Amazonas”, cita o chefe do Departamento de Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina, Paulo Paiva.  No Amazonas, a falta de profissionais para assistência à saúde foi amenizada com a implementação do Programa Nacional de Telessaúde e os núcleos de telessaúde e telemedicina da Rute (Rede Universitária de Telemedicina). A telecomunicação é feita por antenas de radiofrequência espalhadas pelas unidades básicas de saúde distribuídas pelo território amazonense.  Os pontos de telessaúde em áreas indígenas brasileiras estão localizados no distrito de Iauaretê, no município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do Amazonas, e em Umirituba, no município de Barreirinha. Em cinco anos, por meio da telemedicina foram atendidas 75 mil pessoas que somente conseguiriam acesso a assistência médica se recorressem ao SUS em Manaus, a seis horas de viagem dali – quatro horas e meia em uma embarcação de pequeno porte para chegar até Parintins, e mais uma hora e meia de avião até Manaus. Além da atenção ao paciente, a telemedicina possibilita a educação continuada de profissionais de saúde. Falta de regulamentação prejudica “Tecnologicamente, estruturar o sistema de saúde para utilizar o que a informática oferece é muito simples. A questão é como tratar dentro desse sistema tecnológico a informação de saúde, que é uma informação sensível e de cunho privado. Então, esta é a parte complicada: a que envolve aspectos éticos e jurídicos”, avalia Paulo  Paiva, do Departamento de Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina. Ricardo Bastos A telemedicina no Brasil é parcialmente regulamentada pelo Paiva: “estruturar o sistema de saúde para Conselho Federal de Medicina e pelo Ministério da Saúde. As usar o que a informática oferece é simples” normas em vigor focam mais na conduta do profissional que presta o atendimento, deixando de abordar questões legais importantes, como a sistemática de dados clínicos, segurança de dados, formação e experiência do profissional que presta atendimento, Arquivo Albert Einstein Até 2018, 80 hospitais terão apoio do Albert Einstein


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