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Revista da CAASP - Edição 13

O senhor enfartou em 2012. Que reação um cardiologista tem ao se ver na situação de paciente? Eu ia seguindo de carro quando senti uma dor muito forte no peito. Eu disse ao motorista para dirigir-se ao Hospital do Coração, pois precisava fazer um eletrocardiograma. Fiz o eletro e vi que estava enfartando. Telefonei para o Eduardo (Eduardo Souza, responsável pelo Serviço de Hemodinâmica do Hospital do Coração) e disse: “Eduardo, eu estou enfartando e preciso que você me coloque os stents. Quando ele chegou eu já estava na hemodinâmica e ele mesmo colocou o stents. O problema de quem enfarta é chegar logo no local de atendimento. Aqui no Hospital do Coração nós temos um sistema pelo qual o tempo entre o sujeito entrar aqui e receber o stent leva meia hora. Nossa mortalidade é 5%. (O entrevistado enfartaria novamente poucos dias depois desta entrevista. Leia em “Carta do Editor”) Outubro 2014 / Revista da CAASP // 19 O senhor me parece um brasileiro extremamente otimista. Sim, eu sou um otimista. Eu estou escrevendo um livro chamado “O Brasil que eu vi crescer”. Quando eu era menino, este país não era nada. Eu morava na rua Oscar Freire em 1971, e tínhamos fossa séptica. Eu acho positivo que as pessoas estejam intranquilas, pois isso é bom para estimular o desenvolvimento. Mas é preciso ter um pouco de equilíbrio e bom senso para saber que nós caminhamos muito. O médico em sua sala no Hospital do Coração: “sou um otimista. Quando eu era menino, este país não era nada”


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