“Por que ninguém levantou o impedimento de Fux, Toffoli e Gilmar Mendes?” Agosto 2014 / Revista da CAASP // 17 Você também me perguntou do Toffoli, cujo impedimento era de clareza solar. O Toffoli votou pela condenação do Genuíno. Quem tem um mínimo de inteligência vai ver que ele jogou o Genuíno ao mar para salvar o Dirceu. Voltando ao Joaquim Barbosa, que papel lhe será legado na História? Ele faz coisas que não se deve fazer, inclusive ficar “ensebando a bola” para deixar um réu preso. Há prioridades. O advogado do Genuíno (Luiz Fernando Pacheco) reagiu na hora certa. Agora tem um pessoal que diz: “já foi deferido o pedido”. E daí? O advogado não estava pedindo outra coisa a não ser justiça, e a isso ele tem direito, tem prerrogativa para isso. O que senhor diz do comportamento do ministro Ricardo Lewandowski, principal antagonista de Joaquim Barbosa no julgamento do mensalão? Pode-se criticar várias coisas do Lewandowski com relação ao julgamento do mensalão, mas era o convencimento dele. Se alguém achava que ele estava impedido porque chegou ao Supremo cacifado pela mulher do Lula, por que ninguém levantou o impedimento? Agora, eu o conheço desde o tempo do Tribunal de Alçada Criminal, e ele nunca teve uma conduta a que se possa atribuir parcialidade. Então, vira um jogo Corinthians e Palmeiras, ou você é corintiano ou é palmeirense, ou você quer a condenação, ou a absolvição. Embora eu não concorde com várias posições dele, inclusive no mensalão, com algumas “novidades” que ele apresentou com relação a dosagem de pena, não vejo como fazer um juízo negativo dele, a não ser no clima de Palmeiras e Corinthians. O senhor bateu duro naqueles que defenderam o asilo brasileiro ao criminoso – político ou não – Cesare Battisti. Gostaria que o senhor falasse sobre o caso. Lamentável. Primeiro, afirmou-se que a Itália, na época dos crimes cometidos por Battisti, era fascista, e ela era presidida por um socialista.
Revista da CAASP -Edição 12_-
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