Page 18

Revista da CAASP -Edição 12_-

EENNTTRREEVVIISSTTAA \\ Um dos que disseram isso foi o então ministro da Justiça, Tarso Genro. Supõe-se que ele não seja ignorante quando a esse fato histórico. Não sei se ele é ignorante quando a isso ou não, mas se mostrou um ignorante. E o Adams (Luís Inácio Adams, advogado-geral da União) deu um parecer para o Lula, que o Lula adotou, para não extraditar o Battisti, dizendo que a Itália não tinha condições de dar segurança ao Battisti, apesar de ser um estado democrático. E ao Pizzolato (Henrique Pizzolato, ex-dirigente do Banco do Brasil condenado no mensalão), tem? Então, a decisão sobre o Battisti saiu no último dia mandato do Lula. Protegeu-se um pluriassassino de uma época em que Itália vivia num estado democrático de direito. Outra ignorância foi dizer que seus crimes eram políticos. O Battisti bateu à porta da Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, e não conseguiu nada, e aqui vem a história de crime político. Não existe crime político com o evento sangue – isso é uma coisa básica. Matou, acabou. O que estaria por trás da decisão brasileira? Uma ignorância profunda da história italiana, no mínimo. “Luiz Inácio Adams disse que a Itália não tinha como dar segurança a Battisti. E ao Pizzolato, tem?” 18 // Revista da CAASP / Agosto 2014


Revista da CAASP -Edição 12_-
To see the actual publication please follow the link above