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Revista da CAASP - Edição 11 --

Junho 2014 / Revista da CAASP // 31 que é do tamanho de uma mão, é reduzido ao tamanho de um polegar. A paciente do sexo feminino terá de aprender a se alimentar com no máximo 1.200 calorias diárias e os homens com até 1.800 calorias. Isso equivale a pelo menos duas refeições (almoço e jantar) de 300 gramas e, no intervalo dessas refeições, ingestão de alimentos pouco calóricos como cenoura, tomate, pêra ou banana. As consultas com a equipe multiprofissional após a realização da cirurgia bariátrica devem ser periódicas para sempre. O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza a cirurgia bariátrica e também a cirurgia plástica reparadora do abdome, barriga e costas, para retirada dos excessos de pele decorrentes do emagrecimento. Mas a espera é longa: há no Brasil, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), quatro milhões de indivíduos com indicação para cirurgia de redução de estômago. E existe outro problema a agravar a situação. “Pressupõe-se que o paciente que vai para a cirurgia teve falência do tratamento clinico. Ocorre que é exatamente esse tratamento clínico que o SUS não oferece”, denuncia Márcio Mancini. Para reduzir a incidência Duas entidades internacionais de promoção à saúde, a ConsumersInternationale a Federação Mundial de Obesidade, uniram-se, em maio, para pedir aos governos que regulem o setor de alimentação de forma semelhante à já feita com a indústria de cigarro. Ou seja, no verso das embalagens de alguns alimentos, imagens estampariam os malefícios causados pela obesidade. Além de um controle mais rígido da propaganda de alimentos, as instituições pedem que os governos promovam a alimentação saudável e abulam todos os alimentos e bebidas que contenham gorduras trans. Para tanto, propõem aos governos que revejam os preços desses alimentos, aumentem seus impostos e alterem seus padrões de regulação. No Brasil, o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), que tem cerca de 18 mil colégios associados, assinaram um acordo em 2012 com o objetivo de incentivar a oferta de lanches de baixa caloria e alto valor nutritivo, com vistas a diminuir a incidência da obesidade infantil. Cristovão Bernardo Arquivo CAASP Sizenando: cirugia bariátrica não é caminho fácil


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