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Revista da CAASP - Edição 09 -

SAÚDE \\ -Ele não teve nenhum sintoma? -Parece que vinha tendo dor de cabeça há algum tempo. -Ah! E não deu bola? -Não. Pesquisa do Datafolha divulgada no fim de 2013 mostra que a maioria dos brasileiros (59%) pensa que o câncer é a doença que mais mata, seguida por Aids (17%), infarto (10%) e outras (12%), enquanto 2% responderam não saber. Os próprios solicitantes da sondagem, os médicos do Instituto Oncoguia, apontaram a pouca informação da população. Ao contrário do que imaginam os brasileiros, as doenças que mais matam são as do aparelho circulatório, entre as quais se sobressaem os acidentes cardiovasculares, em primeiro lugar, e os cerebrovasculares, os AVCs, em segundo, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2008, pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), indagou a 800 pessoas nas ruas de Ribeirão Preto, São Paulo, Salvador e Fortaleza quais os sintomas de um AVC. Somente 15,6% dos entrevistados sabiam o significado da sigla. O acidente vascular cerebral é consequência da obstrução (tipo isquêmico) ou do rompimento (tipo hemorrágico, chamado derrame) das artérias encarregadas de levar sangue oxigenado ao cérebro. Cerca de 85% dos AVCs são de origem isquêmica e o sintoma imediato é a paralisia lateral (total ou parcial). Fraqueza, dormência, formigamento, dificuldade para falar ou compreender o que os outros falam, desvio da boca para um dos lados, pálpebra caída, estranheza em ambientes familiares e perda de memória completam o quadro. Dor de cabeça, vômitos ou perda de consciência podem ou não ocorrer. “Como a apresentação dos sinais é muito variada, o que pode dificultar a identificação do problema, se houver suspeita é preciso buscar imediatamente socorro médico. Casos de AVC são urgências 26 // Revista da CAASP / Fevereiro 2014 As pistas e os riscos de um AVC Reportagem de Karol Pinheiro


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