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Revista da CAASP - Edição 09 -

EENNTTRREEVVIISSTTAA \\ “ Essa história de físiologia não nos impressiona mais.” 12 // Revista da CAASP / Fevereiro 2014 o primeiro ponto. Segundo ponto: nós temos a vice-presidência da República. Isso significa que PT e PMDB se coligaram para governar o país nos anos seguintes. A ideia, quando você tem uma coalizão político-eleitoral, é logo em seguida fazer uma coalização político-administrativa, que foi o que se deu tão logo a presidenta Dilma ascendeu ao poder. Aliás, isso já havia se verificado no tempo do governo Lula. Então, dizer que o PMDB é fisiológico... temos cinco ministérios entre 39. O PT, por exemplo, que ganhou conosco e que tem 17 ou 18 ministérios, seria um partido fisiológico? Tudo isso é fruto da coalização político-eleitoral, num primeiro momento, e, depois, político-administrativa. Aliás, de vez em quando eu brinco, e isto vai a título de blague: o PMDB ganha a eleição e depois diz assim: “Eu vou tomar a cautela de não indicar nenhum cargo, só os outros partidos é que vão indicar cargos”. Isso não teria sentido. Nós ganhamos a eleição - a presidente Dilma, o PT e o PMDB. Então, essa história de fisiologia não nos impressiona mais. Nós não damos mais atenção a isso, porque verificamos que é mais do que legítima a participação do PMDB no governo. Se o PMDB, num dado momento, não apoiar o governo, e depois for “chantagear” para obter ministérios, aí sim você poderá dizer que o PMDB é fisiológico. Mas um partido que ganha a eleição tem direito de participar do governo. O PMDB não fica um pouco enciumado quando dizem que as forças políticas no Brasil estão polarizadas entre PT e PSDB? Essa polarização não é verdadeira. Eu acabei de descrever o grande poder político que o PMDB tem no país: o maior número de prefeitos, o maior número de vereadores, de senadores. Como esse pessoal é eleito? Pelo voto popular. Como é que se chega à Presidência da Câmara, à Presidência do Senado? Pelo voto daqueles representantes populares que estão lá. Então, essa polarização não é verdadeira, e só tem assento nas discussões porque o PMDB ainda não lançou um candidato à presidência da República. Nos estados, nós temos disputas eleitorais acentuadas. Então, não existe razão para o PMDB ficar, digamos assim, enciumado. Dois exemplos de estados em que o PMDB tem candidatos: São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente Paulo Skaf e Luiz Fernando Pezão.


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