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Revista da CAASP -- Edição 07--

Guasti: “Os números do comércio eletrônico não param de crescer” Outubro 2013 / Revista da CAASP // 39 comércio físico, do qual a 25 de Março é um símbolo, permanece estável ou cresce pouco, na mesma velocidade do PIB. Já o comércio via internet é como um carro de motor potente que trafega numa pista expressa, sem semáforo. Em 2008, havia 13,2 milhões de pessoas que faziam pelo menos uma compra por ano via rede mundial de computadores. No ano passado, foram 42,2 milhões, com 10,3 milhões de consumidores fazendo a sua estreia no comércio eletrônico. “É um crescimento expressivo, impulsionado principalmente pela entrada das classes C e D”, observa Guasti. “Nos últimos anos, com políticas de transferência de renda, graças à elevação do salário mínimo e a programas sociais, essas classes aumentaram o seu poder de compra e foram para a internet”, afirma. Seis em cada dez consumidores recém-chegados à internet têm renda familiar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Isso explica a razão do aumento expressivo do uso de cartões de débito – e não de crédito – nas transações eletrônicas. Segundo estudo da Visa, o número de adultos que possuem cartão de débito no Brasil passou de 63% em 2010 para 72% em 2011. No ano passado, entre estreantes no comércio eletrônico, 47% optaram por pagar suas compras com o débito. Mas o total de vendas com essa modalidade de pagamento ainda é pequeno, se comparado a outras formas de pagamento: 73% usam o cartão de crédito, 18% pagam com boleto bancário e apenas 1% utiliza o débito. “O número poderia ser maior, mas ainda é relativamente pequeno o número de lojas que aceitam o cartão de débito na compra pela internet”, informa Pedro Guasti. “Os números mostram que há um espaço muito grande para o crescimento de vendas pela internet. O mais importante existe: compradores em condições de efetuar a compra”, acrescenta. Esses novos compradores, das classes C e D, têm o mesmo perfil daqueles que costumam ir a centros de comércio popular, como a 25 de março. Nesses locais, as vendas não crescem na mesma proporção. “As pessoas estão se dando conta de que comprar na internet é tão seguro quanto ir à loja, tocar no produto, passar pelo caixa e levar para casa. A confiança no comércio eletrônico está aumentando”, diz o vice-presidente de Marketing e Inteligência do Buscapé Company. De acordo com dados levantados pela E-bit, com apoio do Movimento Internet Segura (MIS), da Câmara Brasileira de


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