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Os dispositivos contratuais regulam obrigações, conceitos e proteções que são usuais no comércio internacional, mas por vezes conflitantes com nosso ordenamento jurídico. Além de trazerem institutos sem correspondência à legislação pátria. Portanto, além do inglês, é necessário conhecer o sistema jurídico do país com o qual se celebra o contrato e é nesse sentido que surge um novo requisito ao advogado: dominar o idioma não apenas da conversação rotineira, o inglês, mas o da matriz da empresa com a qual se firma um acordo de comércio. Por essa razão é que o mandarim, o idioma oficial chinês, começa a ser procurado por operadores do Direito. Como assessor da presidência da CAASP (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo), Niaradi foi responsável por parceiras firmadas com a Aliança Francesa, o Instituto Goethe, a União Cultural Brasil Estados Unidos (a Caixa ainda tem parcerias semelhantes com o Cel Lep, o CCAA e o Berlitz) Nessas instituições, ensinam-se, respectivamente, o francês, o alemão e o inglês, com nível de excelência chancelado pelos governos da França, Alemanha e Estados Unidos. Além dessas, em abril a CAASP firmou convênio com a Canadá Intercâmbio, pelo qual os advogados poderão estudar inglês jurídico no Canadá. A primeira turma deverá seguir viagem no início do segundo semestre. Para os advogados, as parcerias com a CAASP dão direito a descontos que podem chegar a 40%, extensivos à esposa e aos filhos. Como a China tem se tornado um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, já foram abertas as conversações para que seja firmada a parceria também com o Instituto Confúcio, recomendado pela embaixada chinesa. Também estão adiantadas as negociações com uma escola recomendada pelo governo espanhol, o Instituto Cervantes, que ensina o idioma falado no Mercosul. “Temos que parar de pensar que o ‘portunhol’ nos ajuda nos contatos com nossos parceiros na América Latina. O importante é aprender corretamente o espanhol. Mostrar ao advogado da Argentina, por exemplo, que há domínio sobre o espanhol dá prestígio e ajuda numa negociação”, destaca Niaradi. Não é luxo nem ostentação intelectual dominar o segundo idioma. Quando o advogado brasileiro está em reunião com advogados estrangeiros, o ideal é que a conversa não se dê na língua materna de nenhum dos dois. A terceira língua pode dar maior equilíbrio de força às partes. “Por exemplo, Abril 2013 / Revista da CAASP // 49


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