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PARCERIA \\ se estou conversando com advogados ingleses, se a conversa for em inglês eles terão mais recursos linguísticos do que eu, usarão jogos de palavras que os coloquem em vantagem. Da mesma forma, se a conversa for em Português, a vantagem será minha. Por isso, eu já falei com profissionais norte-americanos em francês, língua que nós dois falávamos. Foi uma conversa mais equilibrada”, conta. O domínio de línguas estrangeiras, contudo, requer uma precaução: não se deve começar a aprender o terceiro idioma se o segundo ainda não estiver assimilado. “De outra forma, tentando aprender duas ou três línguas ao mesmo tempo, o resultado será confuso e de pouca eficiência”, adverte Niaradi. A língua estrangeira é útil também no estudo de doutrinas e jurisprudências de outros países. São textos que não têm valor jurídico no Brasil, mas podem ajudar na construção de argumentos. Por exemplo, começa a ganhar força no Brasil a Teoria da Perda de uma Chance, baseada em argumentos jurídicos que nasceram na Itália. Lá, é usada para ações de indenização, em que uma pessoa acusa outra de ter usado de poder para impedir seu progresso profissional. É mais comum nas relações entre empregados e patrões, mas existem casos envolvendo marido e mulher. A distância física entre São Paulo e Roma, de onde veio a Teoria da Perda de uma Chance, é superior a 9 mil quilômetros. Já a distância até Pequim, do outro lado da Terra, que se tornou um dos mais importantes polos de comércio, é de cerca de 18 mil quilômetros. Houve um tempo que chegar até lá era praticamente impossível, porque um continente desconhecia a existência do outro e, mesmo que se conhecesse, os meios de transporte não davam conta da viagem. Hoje, com o avanço tecnológico, o mundo se tornou uma pequena aldeia. Não há necessidade de estar fisicamente no outro continente para se viver próximo dele, de seus costumes, de sua cultura, de seus negócios e até de seus tribunais. A única barreira é o idioma, mas muitos a derrubam com a força da vontade. “Nunca é tarde para aprender um novo idioma”, diz Niaradi. 50 // Revista da CAASP / Abril 2013


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