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Já que o senhor mencionou o Banco Central, como vem sendo a performance da sua diretoria, particularmente do presidente Alexandre Tombini? Eu acho o Tombini um sujeito extremamente competente. Ninguém manda no Tombini. Ele sabe que é autônomo – o Copom (Conselho de Política Monetária, órgão do Banco Central) sabe que pode decidir o que quiser, que pode subir os juros amanhã se for necessário. É ilusão imaginar que o Guido (Guido Mantega, ministro da Fazenda) e a presidente estão contra isso. E o Banco Central hoje tem um departamento de economia que seguramente é melhor que qualquer departamento de economia das melhores faculdades, das melhores academias do Brasil. O senhor ainda é muito cobrado ou atacado por ter participado do regime militar? Como o senhor lida com isso? Os militares não se ligavam com a execução da política econômica. O governo se reunia toda manhã e discutia o que estava sendo feito, mas não havia interferência militar na política econômica. Na sua longa jornada como professor, economista, ministro e político, como viu a atuação da OAB nos momentos históricos do Brasil? A OAB tem uma importância muito grande no Brasil. Aliás, eu brincava com o Cabral (Bernardo Cabral, ex-presidente do Conselho Federal da OAB e ex-ministro da Justiça, governo Fernando Collor de Melo) que, quando verteram para o alemão a Constituição de 88, acharam que a OAB era o Supremo Tribunal Federal, de tantas vezes que ela está citada na Carta. Trata-se de uma instituição muito útil. Abril 2013 / Revista da CAASP // 31 Quantos volumes tem sua biblioteca? 290 mil. O que o senhor lê atualmente? Não leio mais nada. Qual seu escritor brasileiro preferido? Machado (Machado de Assis). “Os militares não se ligavam com a execução da política econômica”


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