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Revista da CAASP - Edição 24

fazendo poupança com objetivo definido. Mesmo agora, quando a demanda por produtos e serviços caiu exponencialmente, no consórcio essa queda foi menor”, explica Rossi. Raquel Martinelli, gestora comercial de uma das maiores empresas de consórcio do Brasil, explica por que o consórcio sofre menos impacto em época de crise. “A modalidade de compra através de consórcio permite ao cliente planejar a compra do seu automóvel zero quilômetro ou usado em até cinco anos”, diz. Ou seja, o cliente mira o futuro, não o presente. Além disso, o cliente que adquire uma cota de consórcio paga uma parcela com uma pequena taxa de administração mensal (no máximo 0,5%). A maior vantagem é que não paga entrada ou juros. “Essa modalidade de compra não acompanha os juros de mercado”, observa Raquel. O presidente da Associação das Administradoras faz uma conta simples, no caso de quem entra no consórcio para a aquisição de um serviço – a reforma da casa, por exemplo. Caso opte pelo consórcio, o cliente poderá dispor de R$ 40 mil, se sorteado, no lance ou ao final do grupo, e pagar muito menos do que se recorresse a um financiamento. No exemplo hipotético de um serviço de R$ 40 mil, pagos em 36 parcelas mensais, no final o consorciado pagará R$ 47.196,00. Ou seja, recebe R$ 40 mil e paga apenas R$ 7.196,00. Se fosse para o financiamento mais comum, pagaria, no mínimo, R$ 40 mil, o mesmo valor do bem adquirido. Em outras palavras, caso o dinheiro fosse usado para reformar a casa, conseguiria fazer uma reforma, mas pagaria por duas, levando em consideração juros e correção monetária. A grande dúvida de quem nunca entrou em consórcio é: mas o que acontece se eu tiver uma dificuldade financeira e não REVISTA DA CAASP 61 Consórcio de automóveis cresceu 8,7% de janeiro a maio de 2016. puder honrar as parcelas mensais? No caso de serviço, quando o consorciado é contemplado por sorteio ou lance, ele deve apresentar uma garantia real, que pode ser o carro, ou o fiador. Mas, para quem ainda não recebeu o bem pretendido e continua fazendo parte do grupo, existem caminhos seguros para evitar o prejuízo ou, pelo menos, reduzi-lo. Rossi orienta o consorciado a procurar a administradora para mudar de grupo e entrar em um de menor valor, aproveitando as parcelas já pagas. Outro caminho é vender as cotas já pagas. Nesse caso, há um deságio, mas que não é grande. O advogado Francisco Monteiro já adquiriu consórcios de segunda mão, pagando, por exemplo, R$ 40 mil por cotas que valiam R$ 50 mil. A CAASP tem convênios com empresas de consórcio, que oferecem desconto na primeira mensalidade ou taxa de administração menor. Para saber qual mais, basta acessar o clube de serviços, no site www.caasp.org.br. “Para mim, é o investimento perfeito”, diz Sérgio Lino. E ele garante: “não é conversa de pescador”.| DICAS Arquivo Rodobens


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