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Revista da CAASP - Edição 23

Como procurador de Justiça, nos anos 1970, auge da ditadura militar, Hélio Bicudo liderou uma contundente investigação sobre o Esquadrão da Morte, envolvendo o mais temível servidor do regime, o delegado Sérgio Paranhos Fleury. Por sua coragem e determinação contra a repressão, Bicudo foi levado ao altar da esquerda brasileira, condição que fez dele um dos principais quadros do PT, partido que deixaria logo no início do Governo Lula. O que, precisamente, o fez deixar o PT? Na entrevista a seguir, concedida ao editor da Revista da CAASP, Paulo Henrique Arantes, Hélio Bicudo diz que a causa de sua saída foi a maneira “demagógica” pela qual o partido lida com a coisa pública. Hoje desafeto de Lula, já afirmou em várias oportunidades – e o faz mais uma vez aqui – que o ex-presidente tornou-se multimilionário. Cuidadoso com as palavras, não o acusa abertamente de nada. Inimigo declarado do partido que um dia integrou, o jurista elaborou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff junto com os colegas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. Aberto o processo de impedimento, a presidente está afastada enquanto aguarda julgamento pelo Senado. REVISTA DA CAASP 9 O AFASTAMENTO DE EDUARDO CUNHA É MATÉRIA DO CONGRESSO, NÃO DO SUPREMO Nas linhas a seguir, Hélio Bicudo diz temer que o Brasil transforme-se em uma “ditadura do Judiciário”, em face de decisões do Supremo Tribunal Federal que se sobreporiam às prerrogativas do Parlamento. E afirma isso sem meias palavras, como o leitor poderá conferir nas linhas a seguir. ENTREVISTA | HÉLIO BICUDO


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