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Revista da CAASP - Edição 23

58 REVISTA DA CAASP Ana Maria Machado, Ruth Rocha e Tatiana Belinky, na literatura infantil, Pedro Bandeira na literatura juvenil, e outros autores, entre eles o cartunista Ziraldo, pertencem a uma geração de escritores, todos eles com vários milhões de livros vendidos, que se dedicou às crianças e aos adolescentes e que não encontra sucessores no cenário brasileiro. Parece cada vez mais difícil despontarem valores do mesmo quilate ao meio da avassaladora produção globalizada de novos heróis, como Harry Potter, e do ressurgimento dos super-heróis americanos do século 20, como o Homem Aranha, o Homem de Ferro, o Capitão América etc., para não falar dos inumeráveis games e atrações disponíveis nos gadgets cada vez mais acessíveis à criançada. Cabe até perguntar se os pais de classe média atualmente já não preferem dar aos filhos pequenos um aparelho eletrônico em vez de livros. Aliás, pensando em tendências, é plausível considerar que mesmo no que se refere à alfabetização, a “espontaneidade” com que crianças lidam com smartphones, por exemplo, hoje em uso em todas as classes sociais, progressivamente leve os pequenos ao contato inicial com a escrita e a leitura nos meios virtuais e não nos impressos, como as tradicionais revistinhas e livros infantis. Ana Maria Machado é o exemplo de uma autora com ampla formação intelectual, e experiência profissional internacional e diversificada, como professora e jornalista, que se dedicou à literatura infantil por opção, para nesta área encontrar a realização pessoal e uma carreira bem sucedida. Transitando também por outros gêneros literários, da poesia ao romance, é considerada uma autora eclética. A escritora, em entrevistas, assinala que não faltam às escolas brasileiras, de LITERATURA Ana Maria Machado, autora eclética, transita com o mesmo talento por diversos gêneros literários. Fotos WEB


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