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Revista da CAASP - Edição 23

ESPECIAL 24 REVISTA DA CAASP para o comando do órgão. Foi de pronto desautorizado por Michel Temer. Lava Jato - Aos 19 dias de vida, o governo do presidente interino Michel Temer registrava duas baixas no Ministério. A primeira fora o ministro do Planejamento, também articulador político de reconhecida eficiência, Romero Jucá. Depois foi a vez do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira. Em ambos os casos, razões semelhantes: conversas gravadas e vazadas a sugerir ações de contenção da Operação Lava Jato. As gravações foram feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da hora. Os vazamentos direcionam o foco da Lava Jato para caciques do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente da República José Sarney. O receio é de que isso possa criar embaraços ao novo governo. PRESIDENCIÁVEIS FORA DA ROTA DE CONFLITO Governar bem é saber delegar funções, asseguram especialistas, sempre citando a regra como algo jamais praticado pela presidente afastada Dilma Rousseff. É também administrar vaidades e conjuminar projetos pessoais. Nesse sentido, Michel Temer conta em seu governo com duas figuras de altíssimo potencial de colisão, dois pré-candidatos – ainda não oficialmente declarados – a presidente da República, dois engenheiros que migraram para a economia e que, nesse campo, não rezam pela mesma cartilha. Um é convicto liberal, totalmente afeito à ortodoxia econômica; outro, como é característica dos quadros da Unicamp, é dono de perfil desenvolvimentista.


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