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Revista da CAASP - Edição 20

\\ Os poetas da Inconfidência 38 // Revista da CAASP / Dezembro 2015 Por Luiz Barros* Como poucos outros brasileiros de qualquer época, os poetas da chamada Escola Mineira, na Vila Rica do final do século 18, estiveram em sintonia com o tempo universal das liberdades, desempenhando o ilustre papel de precursores nas artes e na política, no início da fase de transição entre o Brasil colônia e o alvorecer de uma nação independente. Ao estudar a Inconfidência Mineira, temos notícia de Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e outros, pelos livros de História do Brasil. Não tivesse ocorrido essa conjuração, contudo, parece certo que seu lugar na História da Literatura Brasileira não seria menor. Pelo contrário, há quem suponha que sua influência literária poderia ter sido ainda mais ampla caso não tivessem sido presos e deportados como inconfidentes. A publicação das poesias de Cláudio Manoel da Costa, em seu volume Obras, em 1768, pode ser considerada marco inicial do Arcadismo no Brasil. Essa corrente literária se estenderia, em três fases distintas, até 1836, quando principia o Romantismo, segundo Massaud Moisés (História da Literatura Brasileira; Cultrix, 2001). Deste complexo período histórico, cultural e literário, em que se Tomás Antônio Gonzaga


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