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Revista da CAASP - Edição 20

Dezembro 2015 / Revista da CAASP // 31 Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção pelo M. tuberculosis sejam implantadas até que haja a negativação da baciloscopia. Segundo o pneumologista do Hospital Emílio Ribas, a dificuldade do tratamento da tuberculose encontra-se na supervisão e no suporte para a aderência e continuidade ao tratamento dos doentes. “Os medicamentos têm respostas muito rápidas no combate à doença. No primeiro mês o paciente já se sente muito melhor e, por se sentir assim, costuma abandonar o tratamento. Ocorre que o bacilo da tuberculose se desenvolve lentamente, daí a razão para o tratamento ser de no mínimo seis meses”, explica. “As chances de a doença voltar após o abandono e, de voltar resistente ao tratamento tradicional, são altas”, salienta. A tuberculose em sua forma multirresistente (MDR-TB) é tratada por meio de outra linha de drogas, esta limitada e nem sempre disponível nos países mais vulneráveis. É crescente também o número de casos de um tipo raro da doença – a tuberculose extremamente resistente (XDR-TB), em que as hipóteses de tratamento ficam seriamente limitadas já que tanto as drogas de primeira linha como as de segunda linha não conseguem combater a infecção. Por isso, na XDR-TB as chances de cura do paciente giram em torno de 20%, no máximo.


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