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Revista da CAASP - Edição 20

Dezembro 2015 / Revista da CAASP // 29 // Perigo no ar “O pulmão é a porta de entrada da bactéria para o resto do corpo e, também por isso, é o órgão mais acometido pela tuberculose”, afirma o pneumologista do Hospital Emílio Ribas Rodrigo Athanazio. Quando um indivíduo doente de tuberculose espirra, tosse ou cospe, impulsiona no ar a mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch. Uma vez que outra pessoa inala esses germes, torna-se infectada. Calcula-se que cerca de um terço da população no mundo porta o que se chama de tuberculose latente, ou seja, está infectada pelo bacilo de Koch mas não apresenta sintomas da doença e, por isso, não pode transmiti-la. O risco dessa população infectada tornar-se doente de tuberculose é de 10%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, aqueles que têm o sistema imune comprometido (portadores HIV positivo, de diabetes, de insuficiência renal crônica, pessoas desnutridas, usuários de álcool e outras drogas, tabagistas etc) são mais propensos a desenvolverem tuberculose quando infectados. “Para que ocorra a transmissão, é preciso passar pelo menos mais de 20 horas por semana dentro de um mesmo ambiente que o doente”, diz Athanazio. Em geral, no período de um ano o portador de tuberculose pode infectar de 10 a 15 pessoas. Sem tratamento adequado, dois em cada três pessoas que desenvolvem a doença morrerão, principalmente se forem soropositivas para HIV - essa combinação  é particularmente letal: em 2013, cerca de 360 mil pessoas morreram por causa da associação das duas infecções. Aproximadamente 25% das mortes de pessoas com HIV positivo no mundo estão relacionadas à tuberculose. Ainda em 2013, foi estimado mais de 1 milhão de novos casos de tuberculose em portadores do vírus HIV-positivo. 78% dos infectados vivem na África.


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