SAÚDE \\ Medicina na era digital Tecnologia de informação e comunicação agiliza atendimento, reduz custos e transpõe barreiras socioeconômicas e geográficas entre os grandes centros e as áreas remotas do país. 22 // Revista da CAASP / Agosto 2015 Reportagem de Karol Pinheiro WEB Ou aprendemos a usar a telemedicina ou o sistema de saúde entra em colapso”. A afirmação é do médico Chao Lung Wen, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, referência quando o assunto é telemedicina – ou telessaúde, como preferem alguns. O termo designa a oferta de serviços de saúde por meio do uso das tecnologias de informação e de comunicação. Esse tipo de atendimento vem transpondo barreiras culturais, socioeconômicas e geográficas e tende a ganhar cada vez mais espaço com o crescimento e o aperfeiçoamento das redes de informática. Por meio dela é possível ampliar as ações de profissionais e agentes comunitários de saúde em locais longe dos grandes centros urbanos, integrando-os aos serviços oferecidos por hospitais e centros de referência. “Com todas aplicações da telemedicina que hoje existem é possível aumentar a eficiência do sistema de saúde e aumentar a rotatividade ao mesmo tempo em que se minimizam os custos com leitos. Em vez de construir mais hospitais, poderíamos ter a mesma quantidade de hospitais e aumentar a eficiência deles em pelo menos 25% utilizando a telemedicina”, diz Wen, que é patologista. A telemedicina começou a ser utilizada na década de 70, nos Estados Unidos. Em 1997, com a popularização da internet, iniciou-se a discussão sobre seu uso no Brasil. O intuito, na época, era melhorar o atendimento médico nas áreas rurais. Hoje ela tem diversas aplicações. Uma delas é a unidade e-Care. Trata-se basicamente de uma unidade atuante em políticas preventivas de saúde, de modo a evitar o adoecimento da população e poupar recursos com tratamento. Ou seja, consiste no uso da computação para modificar o comportamento das pessoas e instruí-las a respeito de doenças. “
Revista da CAASP -Edição 18-
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