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Revista da CAASP -Edição 17

PALAVRA DO LEITOR \\ EXAME DE ORDEM (1) Sou a favor do Exame de Ordem. Não da forma como vem sendo aplicado, mas sou a favor. Os meus motivos podem parecer egoístas Estudei em uma universidade cujos professores não tinham dó do aluno. Para conseguir passar nas disciplinas, tive que ler doutrinas e mais doutrinas das quais muitos estudantes de Direito nem sequer ouviram falar. Durante cinco anos não pude relaxar ou curtir qualquer coisa que seja. Enquanto todos estavam curtindo a vida, eu estava estudando. Terminei o curso em setembro de 2009. Estou aguardando pela segunda vez o resultado da segunda fase do Exame de Ordem. Não acho justa a forma com a Banca Examinadora tem agido. Muitos especialistas têm afirmado que a prova tem sido tão difícil quanto as de concursos de magistratura. Acredito que muitas coisas referentes ao Exame devem mudar, mas não concordo com o fim dele. Demorei anos para conseguir ingressar em uma universidade federal, mais outros para ser bacharel, e estou disposta a esperar tantos anos quantos forem necessários para ser digna de ser chamada de advogada. Pode até demorar, mas quero merecer o título e poder assim honrar a categoria com que sonhei desde menina. 50 // Revista da CAASP / Junho 2015 Lilian Divina Leite EXAME DE ORDEM (2) Sou favorável 100% ao Exame da OAB. As faculdades de Direito não formam advogados. Para ser delegado de polícia o bacharel em Direito precisa de exame, idem para ser promotor, juiz etc. A advocacia é instrumento imperioso de uma República democrática e séria. Lamento profundamente e condeno com veemência essa aberração de um congressista. Espero, e peço, que o nosso Congresso rejeite a absurda pretensão de acabar com o Exame de Ordem. José Pontes Jr. EXAME DE ORDEM (3) Filhos de deputados e senadores não passam no Exame da OAB? Qual a solução? Pagar cursinho para o filho? Comprar livros para o filho? Fazer o filho estudar mais? Não! A solução é acabar com o Exame da OAB! Gente, vamos abrir os olhos para a realidade da podridão de nossa política? Marcos Henrique


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